Justiça determina que homem acusado de matar professora a facadas vá a júri popular
Uma decisão da Justiça determinou que o homem acusado de matar a ex-esposa a facadas na frente do filho em Ponta Grossa, nos Campos Gerais do Paraná, deve ir a júri popular na cidade. Ainda não há data definida para julgamento.
O crime aconteceu em dezembro de 2019, quando Marcelo Ávila matou a ex-mulher enquanto ela deixava o filho na escola. Ele acabou preso.
Em janeiro, o réu foi transferido para o Complexo Médico Penal de Pinhais, na Região Metropolitana de Curitiba, para tratar uma “depressão profunda”.
A transferência aconteceu depois da defesa do acusado apresentar um laudo médico que o considerava parcialmente incapaz, que paralisou o processo da morte de Luciane Ávila.
O réu responde pelos crimes de homicídio triplamente qualificado, tentativa de homicídio qualificado e por submeter criança sob a guarda a constrangimento.
Procurada, a defesa do acusado voltou a frisar que o cliente é parcialmente incapaz e por isso, pela lei, ele “deve ter pena reduzida de um a dois terços”.
O advogado da família da vítima, Ângelo Pilatti Júnior, afirmou que decisão da Justiça é correta e que “família aguarda que justiça seja feita”.
O caso
Luciane Ávila tinha 42 anos. A professora chegou a ser socorrida, e a equipe de resgate tentou reanimá-la durante meia-hora.
Um homem, que estava no local, tentou a ajudar a vítima e sofreu um ferimento no braço. Ele foi socorrido, levado para um hospital da cidade e passa bem.
Após o crime, o suspeito fugiu em uma moto e jogou a faca utilizada para ferir as vítimas em uma esquina, conforme os bombeiros.
De acordo com a polícia, a vítima havia pedido uma medida protetiva contra o suspeito. A solicitação estava em análise no Fórum da cidade.
Segundo a polícia, havia um boletim de ocorrência contra o homem por perturbação de sossego.
Os dois estavam casados há 25 anos e a mulher havia saído de casa em outubro. O casal tinha três filhos, sendo um de oito anos.
Fonte: G1