Correio dos Campos

Justiça determina que homem acusado de matar professora a facadas vá a júri popular

Crime aconteceu em 2019, em Ponta Grossa. Réu está preso no Complexo Médico Penal, na RMC, para tratar 'depressão profunda'. Defesa do acusado falou que, mesmo condenado, pena deve ser reduzida depois de Justiça o considerar parcialmente incapaz.
22 de março de 2021 às 19:04
Justiça determina que homem acusado de matar professora a facadas vá a júri popular. (Foto: Reprodução/RPC)

Uma decisão da Justiça determinou que o homem acusado de matar a ex-esposa a facadas na frente do filho em Ponta Grossa, nos Campos Gerais do Paraná, deve ir a júri popular na cidade. Ainda não há data definida para julgamento.

O crime aconteceu em dezembro de 2019, quando Marcelo Ávila matou a ex-mulher enquanto ela deixava o filho na escola. Ele acabou preso.

Em janeiro, o réu foi transferido para o Complexo Médico Penal de Pinhais, na Região Metropolitana de Curitiba, para tratar uma “depressão profunda”.

A transferência aconteceu depois da defesa do acusado apresentar um laudo médico que o considerava parcialmente incapaz, que paralisou o processo da morte de Luciane Ávila.

O réu responde pelos crimes de homicídio triplamente qualificado, tentativa de homicídio qualificado e por submeter criança sob a guarda a constrangimento.

Procurada, a defesa do acusado voltou a frisar que o cliente é parcialmente incapaz e por isso, pela lei, ele “deve ter pena reduzida de um a dois terços”.

O advogado da família da vítima, Ângelo Pilatti Júnior, afirmou que decisão da Justiça é correta e que “família aguarda que justiça seja feita”.

O caso

Luciane Ávila tinha 42 anos. A professora chegou a ser socorrida, e a equipe de resgate tentou reanimá-la durante meia-hora.

Um homem, que estava no local, tentou a ajudar a vítima e sofreu um ferimento no braço. Ele foi socorrido, levado para um hospital da cidade e passa bem.

Após o crime, o suspeito fugiu em uma moto e jogou a faca utilizada para ferir as vítimas em uma esquina, conforme os bombeiros.

De acordo com a polícia, a vítima havia pedido uma medida protetiva contra o suspeito. A solicitação estava em análise no Fórum da cidade.

Segundo a polícia, havia um boletim de ocorrência contra o homem por perturbação de sossego.

Os dois estavam casados há 25 anos e a mulher havia saído de casa em outubro. O casal tinha três filhos, sendo um de oito anos.

Fonte: G1