Correio dos Campos

Dom Sergio pede abertura e engajamento à Campanha da Fraternidade

Importância da CFE é explicada em live; Bispo dom Sergio pede engajamento e diálogo
10 de março de 2021 às 09:02
“Convido a todos os diocesanos a não simplesmente ouvirem essas palavras do bispo diocesano, mas, a se engajarem neste caminho de esperança e mudança de vida”, pede Dom Sergio. (Foto: Arquivo AssCom Diocese de Ponta Grossa)

COM ASSESSORIAS – O casal coordenador diocesano da Campanha da Fraternidade, Íria e Antônio Portela, detalharia o tema da campanha deste ano, ‘Fraternidade e diálogo: compromisso de amor’, e, o seu lema, ‘Cristo é a nossa paz: do que era dividido fez uma unidade’, em uma live especialmente direcionada à Escola Vivencial do Movimento de Cursilhos de Cristandade do Brasil. A participação seria transmitida pela página do Cursilho Ponta Grossa no Facebook, a partir das 20h30 desta terça-feira (9). Este ano, a Campanha foi organizada por uma comissão formada por representantes das igrejas-membro do Conselho Nacional de Igrejas Cristãs do Brasil (CONIC).

Falando sobre a Campanha da Fraternidade, o bispo da Diocese de Ponta Grossa, Dom Sergio Arthur Braschi, ressalva: ‘Cristo é a nossa paz e unidade’. Segundo o bispo, depois de uma belíssima Campanha da Fraternidade de 2020, com o bom samaritano que viu, sentiu compaixão e cuidou dele, e o Anjo do Bom do Brasil, santa Dulce dos Pobres, “somos agora convidados a viver, pela quinta vez, uma Campanha da Fraternidade Ecumênica. Isso quer dizer que a campanha deste ano não é assumida somente pela nossa Igreja Católica, mas por outras igrejas cristãs, como a evangélica de confissão Luterana, a Anglicana, a Presbiterana Unida, algumas da Aliança Batista e uma Ortodoxa. Assim, o livro do texto-base igualmente, foi preparado por uma comissão com representantes dessas várias denominações, e, portanto, não reflete apenas o pensamento católico”, argumenta o bispo.

Para Dom Sergio, é importante sempre lembrar disso, especialmente, em meio às reações ao texto-base explicitadas nas redes sociais. “Não esqueça que o texto-base não é um documento da Igreja. Entramos, então, no ponto mais importante: a Campanha da Fraternidade não só este ano, mas sempre, acontece na Quaresma, que é uma caminhada para a Páscoa e tem profundo sentido batismal. Quer dizer que caminhamos na direção de renovarmos nossa aliança com Deus Pai Filho e Espírito Santo, que foi selada no dia do nosso batismo. Uma aliança de amor ao Pai que, como ensina a atitude de Jesus, que se entrega na cruz e, depois de ressuscitado, envia o Espírito. Exige também o amor aos irmãos e irmãs, a superação do ódio, da violência e da desunião”, acrescenta.

“O tempo da Quaresma implica revermos como estão nossas atitudes. Por isso é que temos esse texto-base, que nos convida à reflexão e à conversão. A cada ano, a Igreja nos convida a isso. Entendamos que a Campanha da Fraternidade não é livrinho; é a minha conversão, a tua conversão. Chegarmos à Páscoa melhores, tendo feito uma revisão de vida sobre o belíssimo assunto deste ano, em chave ecumênica sobre fraternidade e diálogo. Diálogo exige compromisso de amor de aceitação do outro que é diferente, às vezes, de outra profissão religiosa, com diferente visão política da realidade, precisamos aprender a dialogar. Ser capazes de ouvir a opinião do outro, que sempre tem algo a nos ensinar, a completar nossa visão. Infelizmente hoje, nas redes sociais, as pessoas se bloqueiam, não aceitam nem conversar, se fecham na própria ideologia ou mentalidade. Exatamente o contrário do que nos pede a Campanha da Fraternidade de 2021. Mas, o ser humano é assim. O único jeito de melhorar é quando aceita o encontro com Jesus Ressuscitado”, destaca.