Correio dos Campos

Suspeitos de envolvimento com o desaparecimento de empresária ponta-grossense são presos pela Polícia Civil

25 de fevereiro de 2021 às 11:10
(Foto: Reprodução)

Por Pedro Dalcol Filho – Policiais civis de Ponta Grossa cumpriram na manhã de hoje (25), mandados de prisão contra o casal que é o principal suspeito pelo desaparecimento da empresária Marlene Acácio no dia 17 de dezembro do ano passado.

O setor de investigação da Polícia Civil começou a atuar no caso no mesmo dia em que Marlene sumiu depois de deixar o seu carro em um estacionamento na área central da cidade.

Na época, as informações apontavam que a empresária teria entrado depois disso no carro do casal suspeito, oportunidade em que foi vista pela última vez.

No curso das investigações foram ouvidos os dois suspeitos, um ex-namorado de Marlene e familiares da vítima. Em depoimento, o casal disse que tinha se encontrado com a empresária para destrocar notebooks que teriam sido negociados com ela, e que Marlene teria pedido para que eles a levassem para se encontrar com o ex-namorado.

O trabalho investigativo concluiu que esse encontro nunca aconteceu, já que o antigo namorado de Marlene tinha chegado em sua casa antes do desaparecimento, num ponto da cidade bastante distante do apontado pelos suspeitos. Além disso, as apurações mostraram que o ex-namorado da empresária não saiu mais de casa naquele dia.

Roubo

Na teia traçada pelos investigadores, surgiu um crime que poderia ter ligação com o desaparecimento da ponta-grossense, um roubo realizado na região do bairro Uvaranas no dia 17 de dezembro e que não tinha sido levado até o conhecimento das autoridades policiais.

Curiosamente, o boletim de ocorrência só foi registrado depois que a vítima foi intimada para comparecer na Polícia Civil. Neste roubo, o casal que estava na residência foi rendido por assaltantes que queriam exclusivamente um cofre que seria de um parente por afinidade de Marlene.

Uma das vítimas do assalto disse que os assaltantes o chamaram pelo nome e que Marlene havia mandado mensagem, um pouco antes do roubo, perguntando se ele estaria na residência no horário do almoço.

Segundo esta vítima, a empresária inclusive era quem guardava o cofre antes dele passar a ser guardado na residência em que ele teria sido roubado.

Os trabalhos investigativos apuraram que Marlene e a suspeita eram muito próximas e que mantinham contato intenso, inclusive, em datas próximas ao desaparecimento.

No dia em que desapareceu, Marlene esteve na residência do casal, onde tomou café da manhã e, provavelmente, enviou a mensagem para a vítima do roubo perguntando se estava em sua residência. Algumas horas depois, o roubo ocorreu.

No curso da investigação foram coletadas informações contundentes de que a empresária teria, dias antes, repassado informações privilegiadas para a prática do roubo.

Com todas as evidências colhidas, a Polícia Civil pediu a prisão preventiva dos suspeitos, as quais foram cumpridas nesta manhã vna residência do casal, localizada no Jardim Carvalho

Importância das prisões

De acordo com a Polícia Civil, a prisão dos suspeitos é um passo muito importante para a investigação que agora segue para a sua conclusão, isso porque o casal que até então vinha sendo investigado pela prática do roubo agravado, poderá também responder pela prática de homicídio e ocultação de cadáver.

Agora, as investigações seguem com o objetivo de localizar a empresária. Informações apontam que e o casal seguiram imediatamente após o seu desaparecimento para a região do Distrito de Uvaia, onde há 15 dias foram encontrados os pertences da empresária.

Os suspeitos serão interrogados sobre o caso e a polícia espera concluir as investigações depois que isso aconteça.