Correio dos Campos

Após intimação, jovem diz que não quer tirar tornozeleira: ‘Foi a melhor coisa na vida, estou indo dormir cedo’

24 de agosto de 2020 às 09:25
(foto ilustrativa)

Um suspeito, de 25 anos, monitorado eletronicamente pela Justiça, entrou em contato com o Juizado de Violência Doméstica e Familiar, em Ponta Grossa, dizendo que não queria tirar a tornozeleira, conforme determinava a intimação. Ele estava em liberdade provisória por ser suspeito de agredir a mãe dele.

“Foi a melhor coisa que me aconteceu na vida. Com a tornozeleira, estou indo dormir cedo, ao invés de ficar na noite. Se tirar a tornozeleira, com certeza, vou na casa da minha mãe incomodá-la e vou ser preso de novo”, alegou ao juizado. O motivo para não tirar a tornozeleira foi registrado nos autos pelo juizado, após diversos telefonemas do homem.

Conforme o documento, o suspeito foi orientado várias vezes pelo analista judiciário e pela assistente social a devolver a tornozeleira. Mas o intimado se negou e pediu um defensor público para argumentar a favor dele.

O magistrado Luiz Carlos Fortes Bittencourt negou a manutenção da tornozeleira. Conforme a decisão, o jovem foi intimado a devolver o aparelho até sexta-feira (21), caso contrário, poderá responder por crime de apropriação ou desobediência.

Porém, conforme o Departamento Penitenciário do Estado do Paraná (Depen), até este domingo (23), ele ainda não havia devolvido a tornozeleira.

Suspeito de lesão corporal, em julho, a Justiça determinou que ele seria monitorado com a tornozeleira, deveria estar em casa das 22h às 5h e não frequentar bares.

O caso
Segundo a Polícia Civil, o suspeito foi preso em flagrante, no dia 25 de julho, após ser denunciado pela própria mãe por lesão corporal.

Conforme a polícia, o suspeito teria invadido a casa da mãe dele, a agrediu com uma cabeçada na testa e ameaçou atear fogo no local se ela chamasse a polícia.

Após uma tentativa de fuga, a equipe policial fez um patrulhamento e prendeu o suspeito, segundo o Boletim de Ocorrência (B.O).

No dia seguinte da prisão, a juíza substituta Débora Portela Castan permitiu a liberdade provisória com monitoramento eletrônico. Além disso, concedeu uma medida protetiva para a mãe do suspeito.

Fonte: G1 Paraná