Correio dos Campos

Ação da Catequese coleta mil garrafas com lacres

Lacres serão trocados por sete cadeiras de rodas
11 de novembro de 2019 às 17:33
Na paróquia de padre Joel, os vicentinos fazem empréstimo de muletas e cadeiras. Lacres vão ajudar. (Divulgação)

COM ASSESSORIAS – O resultado da campanha de arrecadação de lacres de latinhas, realizada de 1º de agosto a 10 de novembro, em todas as turmas de Catequese da Diocese de Ponta Grossa, foi apresentado no encontro de planejamento para 2020, neste domingo (10). Contabilizadas 1.150 garrafas de dois litros, algumas de cinco e outras de 20 litros, cheias de lacres, que, com a venda do alumínio, vão se transformar em cadeiras de rodas. A ideia é que sejam revertidos em sete cadeiras: duas destinadas à Rede Feminina de Combate ao Câncer, duas ao Clube de Mães do Colégio Sagrada Família e uma à Paróquia Santa Teresnha, de Ponta Grossa. A entrega dos lacres às instituições ocorreu ontem mesmo.

A campanha, lançada dia 29 de junho, foi concretizada pela Pastoral Bíblico Catequética a pedido da Ação Evangelizadora da Diocese. Como julho foi mês de férias, a coleta aconteceu realmente entre agosto e novembro. Neste domingo, diante de aproximadamente 115 coordenadores de Catequese das 46 paróquias, foram reunidos os lacres, contadas as garrafas e divididas entre as três instituições. “Cada 150 garrafas de dois litros de lacres se transforma em uma cadeira de rodas. Foram cerca de 500 litros para a Rede Feminia, outros 500 para o colégio e 150 litros para a paróquia. Tudo isso é uma média porque não pudemos contar os lacres das garrafas”, informava a coordenadora diocesana da Pastoral, Flávia Carla Nascimento.

“Estou muito contente com resultado. Os catequistas abraçaram a campanha com muito carinho, muita dedicação e receberam muitos lacres. Vamos poder ajudar muitas pessoas. A Catequese, além do processo de transmissão da fé, também está gerando no coração dos catequizandos essa necessidade de fazermos gestos concretos, que a fé se transforme em obras”, destacou, citando que 90% das paróquias participaram. Padre Joel Nalepa, coordenador diocesano da Ação Evangelizadora, considerou a ação muito positiva. “Se percebe que crianças, pais, catequistas e a comunidade se envolveram, acolheram, atenderam o pedido e foram a campo, tanto, que o resultado é bem significativo. Vale à pena valorizarmos a iniciativa e o trabalho de quem correu atrás. É a demonstração de que o que é feito em conjunto, dá bons resultados”, enfatizava.

Para Miriam Gorte da Silva Zarpellon, voluntária há três anos na Rede Feminina de Combate ao Câncer, os lacres serão muito bem-vindos. Segundo a voluntária, a entidade presta assistência a doentes que chegam a um determinado estágio e não conseguem mais se locomover sozinhos. “Para eles, a cadeira de rodas e de banho são de grande valia porque melhoram a auto-estima, permitem que possam se mover dentro das residências, por exemplo. Uma bênção essa união da comunidade para beneficiar pessoas que não têm acesso a esse conforto Estão ajudando muita gente hoje e no futuro”, agradeceu, citando que a instituição tem uma aporte financeiro pequeno e que é preciso muito esforço interno para adquirir os equipamentos.

Irmã Vanilda Bernadete Polizel, coordenadora de catequese da Paróquia Nossa Senhora do Rosário e professora do Colégio Sagrada Família, representou o Clube de Mães do colégio, que reúne semanalmente mais de 30 integrantes e faz o empréstimo de muletas, cadeiras de roda e de banho e colchões d’água a necessitados de toda a cidade. “Sempre estão precisando. É muito importante ver a solidariedade, o esforço de todo o povo, da sociedade, contribuindo para alguém que nem conhece. Só pelo amor mesmo uma caridade dessas”. Pároco da Santa Teresinha, padre Joel Nalepa lembrou que a paróquia cede, via Conferência Vicentina, muletas e cadeiras de roda e de banho. “Nos inscrevemos para oferecer não só para os paroquianos mas aos que têm acesso a paróquia o uso desses equipamentos. Sempre tem procura grande”, contava.

O processo de troca dos lacres por cadeiras de roda demora, em média, cerca de um mês e será feita pelas instituições beneficiadas.