Correio dos Campos

Nucria prende acusados de abusar de crianças em Ponta Grossa

De março a agosto desse ano, o Nucria realizou 17 prisões pela pratica do crime de estupro de vulnerável em Ponta Grossa.
28 de agosto de 2019 às 07:03

REDAÇÃO/Correio dos Campos – A Polícia Civil do Paraná, por meio do Núcleo de Proteção à Criança e ao Adolescente vítima de Crime (Nucria), cumpriu quatro mandados de prisão na última semana. Desde julho, os policiais civis deram início a três investigações envolvendo crianças e adolescentes de 4, 11, 14 e 15 anos de idade. De março a agosto desse ano, o Nucria realizou 17 prisões pela pratica do crime de estupro de vulnerável em Ponta Grossa.

Uma das investigações apontou que o pai e a madrasta de uma criança de quatro anos mantinham relação sexual na presença da vítima. Segundo relatos, a criança teria participado das relações, acreditando se tratar de uma brincadeira. “A vítima começou a querer representar a brincadeira de marido e mulher com outras crianças do seu convívio, fato esse que chamou a atenção de familiares que o encaminharam para acompanhamento psicológico. Foi durante uma das sessões com a psicóloga que a vítima relatou espontaneamente essa relação sexual a três, ou seja, ele, o pai e a madrasta”, conta Ana Paula Cunha Carvalho, delegada responsável pelo Nucria.
A equipe também investigou o caso de uma menina de 11 anos, que era abusada sexualmente pelo padrinho. O agressor teria ameaçado a criança, dizendo que iria matar ela, a mãe ou irmã, caso ela falasse sobre os abusos. Segundo a delegada do Nucria, é comum que em casos de abuso a vítima demore a denunciar. ”[…] como a criança tem medo de contar para alguém (sobre os abusos), guarda para si e começa a externar a violência sofrida de outra forma, como a diminuição no rendimento escolar, depressão, automutilação e rejeição com o agressor, chamando a atenção de pessoas próximas”, afirmou.
A terceira investigação aponta para dois jovens que vinham sendo abusados por um homem de 57 anos. Segundo a delegada Ana Paula, conversas apresentadas por uma das vítimas demonstravam o interesse do investigado em manter um relacionamento sexual com os adolescentes, oferecendo-lhes presentes e lanches.