Correio dos Campos

Vinícius lamenta adiamento de PL sobre bares e universidades

Vereador acredita que discussão já se alongou demais dentro da Câmara e que aprovação da medida seria um “respeito à Educação” em Ponta Grossa
6 de agosto de 2019 às 15:40
(Divulgação/Kauter Prado/CMPG)

COM ASSESSORIAS – O vereador Vinícius Camargo (PMB) lamentou a decisão da Câmara de Ponta Grossa em adiar a votação do projeto de lei 455/2017, que proíbe a abertura de novos bares ao lado de instituições de ensino superior. Durante a última sessão, o parlamentar voltou a se posicionar favoravelmente ao projeto, afirmando se tratar de uma forma de respeito à Educação.

Para o vereador, a interpretação em relação ao tema não deve levar em consideração a vontade do universitário em consumir bebidas alcoólicas. “Vai além do fato do estudante beber ou não. Falamos aqui do respeito pela Educação. Eu estudei na UEPG no período noturno e havia muito barulho e confusão às quintas e sextas-feiras. Quando afastamos os bares, falamos de respeito ao professor que sai de casa para trabalhar e não quer perturbado dentro da sala de aula”, explica o vereador.

Vinícius ainda lembrou que a medida não deve afetar quem já possui estabelecimentos comerciais perto das universidades, já que ela é válida apenas para a abertura de novos bares – caso a medida seja aprovada, eles deverão ficar a pelo menos 150 metros das instituições de Ensino Superior. “É uma questão de controle e respeito. Não fui autor nem co-autor do projeto, mas acho mérito louvável e a intenção sensacional. Não vejo demagogia, sensacionalismo e nem nada disso. Falamos do respeito à Educação”, reafirma.

Para Vinícius, o argumento de que o projeto dá a entender que ‘o universitário é bêbado’ é mentiroso, já que os estabelecimentos não recebem apenas alunos. “É um argumento inválido e que serve para tentar desabonar o mérito do projeto e maldosamente induzir o universitário a ser contrário à proposta”, diz.

O vereador ainda parabenizou os colegas da Câmara que tentaram impedir que a votação fosse adiada, independentemente do posicionamento em relação à matéria. “É um projeto que já vai somar dois anos de tramitação na Casa, acredito que precisa ser votado o quanto antes. Com um prazo desses, é impossível acreditar em um argumento de que os vereadores não tiveram tempo para discutir a proposta”, avaliou. O projeto de lei foi retirado para vistas por 15 dias com o apoio de 16 vereadores. Somente seis optaram por não adiar a discussão: Celso Cieslak (PRTB), Pastor Ezequiel Bueno (PRB), Felipe Passos (PSDB), Sargento Guiarone