Correio dos Campos

‘Dia da Troca de Livros’ incentiva a leitura entre alunos e a família

Escolas realizaram programação especial para o Dia da Troca de Livros, realizado em Ponta Grossa no dia 10 de agosto. Prática é realizada o ano todo para incentivar a leitura
10 de agosto de 2018 às 17:41
Família de Maria Luiza adotou o hábito da leitura com o incentivo da Escola Municipal Prefeito Cláudio Mascarenhas.

IMPRENSA/Ponta Grossa – Em Ponta Grossa, o incentivo à leitura é realizado na escola não somente para os alunos, mas também para as famílias dos estudantes. O objetivo é fazer com que pais e responsáveis pelas crianças apoiem o desenvolvimento educacional e, ao mesmo tempo, tornem-se famílias leitoras. Nesta sexta (10), foi comemorado nas escolas o Dia da Troca de Livros, data municipal de incentivo à leitura e à troca de obras literárias como prática social entre os alunos das escolas municipais.

Para marcar mais este capítulo do dia a dia escolar, as escolas organizaram contações de histórias, trocas de livros entre os alunos e atividades diferentes para incentivar a prática da leitura. As crianças também levaram livros para casa, com a missão de fazer a leitura junto com a família: pais, mães, avós, irmãos, primos ou responsáveis. “Cada escola organizou à sua maneira, respeitando a realidade de seus alunos, dentro de uma diretriz da Secretaria Municipal de Educação. Aquelas crianças que não têm livros para troca, receberam da escola e puderam também fazer a brincadeira, levando para casa”, conta a assessora pedagógica Adriana Canavez.

Na Escola Municipal Professor Rubens Edgard Furstenberger, na Palmeirinha, a diretora Maria Alvina dos Santos Silveira organizou atividades lúdicas para envolver pais e alunos na leitura. Em uma reunião de pais, sorteou livros para que eles levassem para casa e lessem para os filhos. Nesta sexta, as crianças levaram livros, histórias em quadrinhos e revistas para trocar com os colegas. Aquele que não tinham, ganharam das professoras. “Os alunos escolheram o que quiseram e trocaram”, conta. “Além disso, dividimos a escola em vários espaços. Temos o cantinho da leitura, onde uma professora vestida como personagem conta histórias, temos a pescaria literária, onde o peixinho pego vai trazer o número de um livro, o cantinho do Era uma vez, e outras dinâmicas”.

Na Escola Cláudio Mascarenhas, no Distrito de Uvaia, a diretora Andréia Petruski anota o título e o nome de cada livro levado para casa. Ao fazer dez leituras, as crianças ganham uma lembrança. “Toda semana as crianças levam um livro para casa com o objetivo de fazer a leitura com a família. Assim nós fomentamos a leitura na escola e é também uma forma de a comunidade participar mais na vida cotidiana do filho na escola. Eles aprendem a selecionar bons livros, compartilhar histórias, e, principalmente, a utilizar uma biblioteca”, conta.

O menino Natan Rafael Antunes é um devorador de livros. “Vou para casa e leio com minha irmã, meu irmão, minha mãe. É legal porque minha irmã tem três anos e eu ensino ela a começar a ler. O que eu falo ela já repete, inventa os quadrinhos. A maioria dos livros da biblioteca da escola eu já li, poucos eu não li ainda”, narra o menino de 10 anos.

Fernanda dos Santos Marsola conta que leva os livros para ler com a pessoa que cuida dela, a avó. “Eu leio para ela e ela lê para mim. A história que eu mais gostei de ler se chama Soprinho. Ele é um menino mágico, que chama os amigos e embarca para uma aventura com dragões, bruxas e anões. Ela ensina que a gente deve sempre ajudar os amigos, pois na história eles se ajudavam, porque ele era mágico. Na vida é assim, a gente deve sempre ajudar os amigos e nunca deixá-los em perigo”. Para saber como está seu desenvolvimento, ela conta com a parceira de leitura. “A minha avó avalia como está minha leitura e se eu preciso melhorar”, conta a leitora.

Leitura em família

A aluna Maria Luiza Drabecki Guerlinger, de 10 anos, está no 5º ano da escola e escolheu mais um livro para ler junto com os pais, o motorista José Verci Guerlinger e a confeiteira Roseli Aparecida Drabecki. “Nós lemos na sala, no começo da aula, fazemos leitura após o almoço, todos os dias, menos na sexta. Nesse dia nós pegamos livros depois do café e guardamos para trazer para casa e ler com a família. Na segunda nós devolvemos. Eu leio com a mãe e com o pai, leio para eles e eles prestam atenção. A leitura leva para outro lugar”, conta Maria.

“A leitura que a gente já fazia, inclusive na igreja, somamos com o hábito dela e a gente foi se interessando por outras coisas, histórias, romances. Nós lemos bastante, ela gosta que o pai responda charadas”, narra o pai. A mãe conta que é notável o desenvolvimento da filha. “A leitura dela é hoje bem melhor do que antes. Ela tinha dificuldade no começo, mas depois que aprendeu, ficava lendo e queria que a gente ouvisse. Então a professora incentivou, ela se interessou mais e começamos a comprar para ler. Nós apoiamos, porque leitura é tudo, com certeza vai fazer diferença para um vestibular, vai ser muito importante”, fala a mãe.