Correio dos Campos

IMPRENSA/Ponta Grossa – Perto de completar oito meses da sua criação, a Patrulha Maria da Penha supera a marca de cem medidas acompanhadas pelos agentes da Guarda Municipal. O número é dez vezes maior quando comparado ao início dos trabalhos das equipes, em outubro de 2017.

“É muito bom poder perceber que o trabalho das equipes da Patrulha Maria da Penha tem crescido de maneira sólida, superando todas as nossas expectativas e fortalecendo os meios de enfrentamento à violência contra a mulher em Ponta Grossa”, declara o secretário municipal de Cidadania e Segurança Pública, Ary Lovato.

De acordo com a coordenadora da Patrulha, Liliane Chociai, o aumento do número de atendimentos pelo departamento se deve ao trabalho intenso desenvolvido em parceria com o poder judiciário e a Polícia Civil, identificando os casos e oferecendo suporte às mulheres vítimas de violência. “No início dos nossos trabalhos, tínhamos uma expectativa em relação à demanda que acabou sendo comprovada com o andamento das atividades das equipes. Apesar de começarmos com um número pequeno, a presença das nossas equipes e o suporte oferecido por elas, pelo judiciário e pela Polícia Civil acabaram trazendo segurança às mulheres para que denunciassem e solicitassem nosso acompanhamento, o que fez com que os atendimentos aumentassem mês a mês”, explica.

Outro aspecto apontado pela SMCSP como reflexo da criação da Patrulha Maria da Penha é o aumento no número de solicitações relacionadas à violência doméstica que chegam aos guardas municipais da Central de Monitoramento. “Desde a criação da Patrulha, esse número tem sido ampliado, chegando a atingir quase 30 solicitações por semana, dependendo do mês. Por mais que pareça ser um número pequeno, essa média já se aproxima do total atendido pela guarda municipal em todo o ano de 2017”, ressalta o secretário Ary Lovato. Segundo ele, essa mudança nos indicadores pode ser creditada ao aumento da divulgação sobre os casos de violência doméstica e do papel atuante da Patrulha Maria da Penha junto às mulheres. “Esse trabalho tem sido amplamente divulgado, o que faz com que as mulheres vítimas recorram à Guarda Municipal. Temos sido peça importante no acompanhamento das medidas protetivas e contribuído para o atendimento de situações em flagrante em parceria com as demais forças de segurança”, conclui Lovato.

Medidas Protetivas

O trabalho da Patrulha Maria da Penha consiste no acompanhamento de vítimas de violência doméstica que possuem medidas protetivas no município. Além dessa ação, os guardas municipais da Patrulha também realizam, quando necessário, o encaminhamento das vítimas para outros órgãos de atenção à mulher disponíveis na cidade. “Nosso principal papel é o acompanhamento a essas mulheres após a solicitação de medida protetiva feita aos órgãos competentes. A partir daí, nossos agentes entram em contato com a vítima para o início das visitas e do trabalho de acompanhamento. Caso verificado que além do acompanhamento realizado pela Patrulha, exista a necessidade de um suporte que esteja além das competências da SMCSP, nós também promovemos o encaminhamento para outros órgãos do município”, explica a coordenadora da Patrulha Maria da Penha, Liliane Chociai. Ela também ressalta que, “nos casos que antecedem o pedido de medida protetiva, como, por exemplo, situações de suspeita ou flagrante de violência doméstica, qualquer força de segurança pode ser acionada para atendimento”.