Correio dos Campos

Professores da Rede passam por mais uma formação na Educação Inclusiva

Nesta segunda, professores da Rede Municipal de Ensino estão participando por formação voltada para a Educação Especial, visando a inclusão.
5 de fevereiro de 2018 às 13:32

IMPRENSA/Ponta Grossa – Antes do início das aulas nos Centros Municipais de Educação Infantil (CMEIs) e Escolas Municipais de Ponta Grossa, a Secretaria Municipal de Educação colocou em andamento a Semana Pedagógica, alinhando as políticas pedagógicas e de gestão para o ano letivo de 2018. Desde o dia 1º, uma série de encontros e preparativos estão sendo realizados. Nesta segunda-feira o tema é a Educação Especial, com a participação de 1,4 mil professores no Cine Teatro Ópera. Enquanto isso, os demais profissionais realizam os preparativos diretamente nas escolas.

Nos períodos da manhã e tarde, no Ópera, os profissionais recebem uma importante preparação para o ano letivo de 2018. Participam os professores das 44 salas de recursos das escolas municipais, professoras regentes que tenham alunos com deficiência em sala de aula, professores de musicalização e artes, além de representantes de cada um dos CMEIs e as coordenadoras pedagógicas das unidades escolares, com o objetivo de ampliar os conhecimentos na área do ensino especial infantil.

Os professores recebem a palestra de Michel Vicentine Martins, secretário municipal de Educação de Araçariguama/SP, mestre em Educação, especialista em Arte Educação, alfabetização e letramento. Unindo neurociência, música e motivação, o objetivo é mostrar que com conhecimento, vontade e dedicação, é possível vencer os desafios da Educação. Tendo a música como um eixo para mostrar conceitos da Neurociência, Vincentine demonstra a importância deste conhecimento. “O professor desenvolve alterações químicas e físicas o tempo todo na criança. Então precisa saber o que é e como funciona cada parte do cérebro, como tudo isso é recebido e processado. Através da música, mostramos que cada um pode adaptar essas ideias à sua prática, dentro da realidade de cada um deles”, conta Vincentine, demonstrando que este conhecimento pode ter um resultado poderoso para a inclusão e o aprendizado.

Para a secretária de Educação, Esméria Saveli, a palavra ‘humanização’ faz parte do trabalho com a Educação Especial. “Não nos basta o conhecimento acadêmico, científico, mas também precisamos conhecer e entender a história deste aluno. Por isso estamos sempre dialogando com as crianças e com os pais e professores, para que essa inclusão ocorra de fato, com os colegas, com a família e com os professores”, comenta Esméria.

“Na Educação, trabalhamos com uma palavra fundamental e um conceito. A palavra é ‘equidade’, ou seja, o mesmo para todos. E o conceito é ‘nenhum aluno a menos’. Todos podem aprender. Quando penso em inclusão, tenho que pensar que todos têm direito à aprendizagem”, ilustra Vincentine. Além disso, ele demonstra que todo o corpo docente deve sentir-se responsável pela educação inclusiva. “Não podemos desresponsabilizar os outros. É responsável o professor da sala de recursos, mas também o gestor escolar, os demais professores, até o motorista do ônibus, senão, nunca teremos a inclusão de fato. O olhar é social, transcende a Educação”, acredita ele.

Reconhecimento – No ano de 2017 a Sociedade Brasileira de Neuropsicopedagogia considerou Ponta Grossa uma cidade modelo em inclusão, devido ao número expressivo de professoras com formação na área e também pelo grande volume de salas de recursos disponíveis. Hoje a cidade conta com mais de 300 professoras com a formação e 44 salas com recursos para atendimento especializado aos estudantes.