Correio dos Campos

Dedicação da Santa Rita terá homenagem a padre Wilton

Celebração acontece na próxima segunda-feira, às 19h30.
2 de fevereiro de 2018 às 16:58

COM ASSESSORIAS – Os 41 anos de vida religiosa do padre Wilton Moraes Lopes, primeiro padre da Congregação Copiosa Redenção que veio para a Paróquia Santa Rita de Cássia, em Ponta Grossa, serão lembrados durante a celebração eucarística de dedicação da nova igreja matriz e seu altar, marcada para esta segunda-feira (5), às 19h30. Padre Wilton, pároco de 2003 a 2006 da Santa Rita, professou seus votos em 5 de fevereiro de 1977, tornando-se religioso da Congregação do Santíssimo Redentor (redentoristas). Ao longo de sua rica e obediente vida de amor a Deus, o padre fundou, em dezembro de 1989, a Congregação das Irmãs da Copiosa Redenção de Maria Mãe da Divina Graça, que, em 1997, originaria em sua ramificação masculina, Fraternidade da Copiosa Redenção, responsável atualmente pela administração da paróquia.

O pároco da Santa Rita de Cássia, padre Pedro Cláudio Mendes, conta que pediu ao bispo dom Sergio Arthur Brashci que fosse feita a cerimônia de dedicação da igreja no dia 5 em homenagem ao fundador. “Ele é nosso superior. A dedicação é uma festa que vai se perpetuar na paróquia, anualmente será comemorada. Além da placa, vai ficar a lembrança”, argumenta, referindo-se a placa comemorativa que será descerrada depois da celebração desta segunda-feira. Dia 5 de fevereiro também é o dia do aniversário de 18 anos de vida religiosa de padre Pedro, que vem se dedicando há quase dois anos à reforma da matriz. E justamente quando a (re)construção de uma igreja chega ao fim é que é feita a dedicação, celebração que marca sua vida, uma consagração, onde o templo é dedicado à Santíssima Trindade.

Ao falar da obra, padre Pedro cita que ela não está totalmente terminada. “Faltam alguns detalhes na igreja em si e no seu entorno, mas precisávamos voltar para o templo”, justifica,dizendo que a nova matriz terá mais que o dobro da capacidade: dos perto de 180 lugares existentes anteriormente, são 532 aproximadamente agora. “Tinham as colunas, os bancos eram estreitos. Colocamos bancos no meio, mais largos. (A igreja) Foi transformada por dentro; utilizamos a estrutura apenas. Otimizamos o espaço. E a intenção era só trocar o telhado porque chovia dentro..fomos trocando o piso, as janelas…”, detalha o pároco. Nas últimas semamas, foram realizadas algumas celebrações para se ambientalizar o espaço, em uma espécie de teste antes da dedicação.

Em um ambiente especialmente voltado à Santa Rita de Cássia haverá 22 rosas e sete figuras de abelhas. “Sete porque é o número da plenitude e Santa Rita foi plena. Deus plenificou a vida dela e a gente quer, na oração, ser plenificado também”, comenta padre Pedro. Novidade também é o espaço kids, criado para atrair as crianças e as evangelizar; uma sala à prova de som para os pais ficarem mais à vontade e o barulho dos pequenos não atrapalhar a assembleia. A pia batismal e o sacrário chamam igualmente a atenção. O mesmo pode ser dito das12 cruzes que marcam a dedicação. As velas serão colocadas dentro da cruz, que parecerá incendiada, propositamente. “Uma paróquia em chamas, inspirada na experiência de uma comunidade dos Estados Unidos, que encantou um padre italiano, que a levou para Milão, e, depois, a Santa Sé assumiu como projeto de evangelização oficial da Igreja. Uma paróquia renovada, viva, com as células, com essa nova evangelização, como temos aqui”, justifica.

Adoração perétua – De acordo com o padre, está praticamente pronta a capela de adoração perpétua do Santíssimo, erguida ao lado da igreja. Um lugar pensado para ser diferente, cheio de simbologias. A porta é mais baixa que o habitual, as paredes são chapiscadas “para lembrar um útero” e o chão coberto com carpê azul, em referência ao mar. “Queremos que tudo nasça da adoração. A porta baixa é inspirada na Basílica da Natividade, em Belém, porque o encontro com Deus só se dá se eu me abaixar. A parede chapiscada lembra o útero porque quem reza nasce de novo. O chão de carpe azul nos fala do mar porque quem reza anda sobre o mar, sobre as tempestades”, explica padre Pedro.

A capela terá adoração 24 horas. Na porta, foi colocado um sensor. Todos os líderes, as pessoas que participam da paróquia terão uma senha para poder entrar a qualquer hora do dia ou da noite. “Adoração perpétua porque acreditamos que sem a oração, sem a espiritualidade não se mantem a obra de Deus. Não é só o trabalho pastoral, tudo tem de nascer de uma mística”, argumenta o pároco.

Os custos com a obra ultrapassaram em mais que o dobro o inicialmente planejado, diz padre Pedro, sem citar valores.