Correio dos Campos

É preciso discutir o futuro dos distritos!

Por Vinícius Camargo, vereador do PMB e líder da bancada de política sobre drogas no Legislativo de Ponta Grossa.
11 de janeiro de 2018 às 13:16
Foto: Divulgação

Com quase 200 anos de emancipação política, Ponta Grossa ainda engatinha quando o assunto é planejamento urbano: uma das maiores cidades do Paraná (em termos de população e também de resultado econômico) ainda dá passos curtos sobre planejar o futuro. Se o cenário não é animador quando olharmos para a área urbana, a situação dos distritos não é melhor.

Ao observamos as regiões dos distritos de Ponta Grossa (Itaiacoca, Guaragi, Piriquitos e Uvaia) notamos que mesmo com os avanços recentes do Governo Marcelo Rangel (PPS), as necessidades ainda são evidentes. A prestação dos diferentes serviços públicos ainda é deficitária e prejudica os moradores das regiões – em alguns casos, os serviços tidos como essenciais inexistem.

Desde que assumi o mandato na Câmara de Vereadores tenho buscado debater mecanismos que garantam uma melhor qualidade de vida para a população que está fora da área urbana de Ponta Grossa. Um desses debates diz respeito ao transporte coletivo que ainda é precário para os moradores das regiões mais afastadas – esse é um cenário que precisa mudar.

Entre os avanços recentes está a instalação de uma base da Guarda Municipal no Guaragi – passo importante, mas que isolado pouco representa para uma política mais efetiva em benefício das regiões distritais. Para 2018, quero aprofundar o debate em prol do fortalecimento na prestação de serviços públicos para os cidadãos que moram nestas regiões que, tanto quanto qualquer outro, pagam impostos e têm este direito.

A melhoria dos distritos tem também um caráter preventivo: com a cidade apresentando os primeiros sinais de favelização (fenômeno mais comum nos municípios de maior porte, principalmente desde o êxodo rural), é vital apresentar qualidade de vida para quem vive no limite entre o campo e a zona urbana. Caso contrário, os riscos de vermos crescerem números ligados ao subemprego e a sub moradia são grandes.

Discutir mecanismos que melhorem a vida de quem mora nos distritos representa pensar no futuro: estruturar esses espaços significa oferecer condições de cidadania e também preparar a cidade para o que está por vir. Há necessidade de se pensar e discutir o planejamento da área urbana com urgência, mas também existe a necessidade de se debater o futuro dos distritos como forma de evitar problemas que já notamos na área urbana atualmente.

Em 2018, quero discutir junto do Executivo a implementação de uma política pública efetiva em prol dos distritos. Essa é uma forma de incentivar a qualidade de vida para quem mora no campo e de quebra garantir o desenvolvimento igualitário entre as diferentes regiões da cidade.