Correio dos Campos

Procon divulga a lista de “campeãs” de reclamação

Serviços de telecomunicação continuam gerando mais reclamações; Procon tem procura recorde em 2017.
9 de janeiro de 2018 às 19:33

IMPRENSA/Ponta Grossa – Serviços – telecomunicações e bancos – foi o setor que mais causou problemas aos consumidores de Ponta Grossa no ano passado. Obedecendo ao disposto na Lei 8.079/90 a Coordenadoria Municipal de Orientação e Defesa do Consumidor (Procon) publica hoje a relação de fornecedores reclamados em 2017, com número de orientações, processos abertos e total geral por empresa. No total são cerca de 1.400 empresas ou conglomerados, que geraram reclamações no decorrer do ano passado. A imensa maioria das reclamações foram atendidas no primeiro contato através do Procon, sem necessidade de abertura de processo administrativo. Nos casos em que os processos foram abertos, o índice de resolutividade também foi expressivo: de cada 100, 75 foram resolvidos nas audiências de conciliação.

Os dados de janeiro a dezembro de 2017 representam também, segundo o coordenador do Procon, Edgar Hampf, um recorde: foram 9.304 registros, superando os pouco menos de 8.000 anotados em 2016. Número expressivo dos processos e audiências desenvolvidos pelo Procon, que faz parte da Secretaria Municipal de Cidadania e Segurança Pública, foram ocasionados por falhas em serviços prestados por empresas de telecomunicações. Entre as que produziram mais reclamações registradas, entre as cerca de 1.400, as quatro com maior número de registros são teles. Pela ordem, aparecem Tim, Oi, Vivo e Claro. Em quinto lugar, aparece uma financeira (BGN/CETELEM). Integram ainda o bloco das dez mais reclamadas em 2017, pela ordem: Sanepar, Caixa Econômica Federal, Bradesco, Itaú e Copel.

De acordo com o coordenador do Procon, há pouca variação no topo de lista: Tim e Oi foram também as primeiras no ranking de 2016. A Vivo superou este ano a Claro. Os demais integrantes do topo da lista são basicamente os mesmos: Itaú, Caixa, BGN e Bradesco. Sanepar e Copel não estavam entre as 10 mais, no período anterior. E a SKY, que era uma das campeãs, teve uma redução expressiva no número de reclamações, estando agora na 17ª posição entre as empresas com mais registros.

Também segundo o coordenador Edgar Hampf, os dados disponibilizados pelo Procon permitem ao consumidor também verificar quais dessas empresas apresentam maior flexibilidade e rapidez na resposta às reclamações dos usuários. Em muitos casos, quase 80% das reclamações são resolvidas ainda na fase inicial do processo, assim que o consumidor procura o Procon e este aciona a empresa reclamada. “Nosso objetivo é resolver problemas, não gerar processos ou aplicar multas. Nossa obrigação é atender o consumidor e ver satisfeitas suas demandas, se amparadas pela lei. Assim, ampliamos o setor de atendimento e conseguimos um índice bastante satisfatório de resolução imediata ou a curtíssimo prazo. Mais de 85% das reclamações são atendidas na hora ou em até 48h”, explica o coordenador.

Hampf também destaca que “todo o processo administrativo, além de consumir um tempo precioso do consumidor, implica em acionar uma estrutura respeitável, o que acarreta também custos para a administração, além de não se traduzir na resposta que o cidadão espera. Portanto, o que fazemos é empreender todo o esforço para solucionar as queixas de imediato”.

Por outro lado, o departamento jurídico do Procon, onde são analisados os processos e de onde saem as indicações para multas, também foi incrementado, reduzindo em muito o tempo de tramitação de cada processo e o volume de multas aplicadas. “As empresas também estão cada vez mais conscientes das penalidades que sofrerão se desrespeitarem os direitos do consumidor”, avalia o coordenador.