Correio dos Campos

Audiência sobre Ideologia de Gênero lota plenário da Câmara

Bispo dom Sergio, padres e pastores acompanharam exposição e debate.
11 de dezembro de 2017 às 17:31

COM ASSESSORIAS – A audiência pública ‘Ideologia de gênero o que querem que seja ensinado a nossos filhos e filhas’, promovida pelos vereadores Felipe Passos, pastor Ezequiel, Vinicius Camargo e Magno Zanellato, no sábado (9), na Câmara Municipal, foi acompanhada pelo bispo dom Sergio Arthur Braschi, padres e pastores e por aproximadamente 200 pessoas, entre professores, assistentes sociais, policiais, advogados, empresários, jornalistas, além de muitos pais e mães. A exposição do tema coube ao jornalista Bernardo Küster, de Londrina, que abordou o assunto sob o ponto de vista histórico, e, à psicóloga Deuza Maria de Avellar, responsável por contextualizar a síntese feita por Küster e trazer uma reflexão através de um olhar da Psicologia, amparada pela Constituição Federal.

Na fala de Bernardo Küster, ‘Gênero, uma ideologia’, o intuito central, segundo o jornalista, foi provar que se trata de uma ideologia, “sem externar minha opinião, mas (o conteúdo) da literatura que embasa e fundamenta (essa afirmação) e, mostrar que isso não é algo espontâneo, que nasceu na sociedade, mas um plano para dissolução de certas famílias da base da sociedade para que familiar das elites, das grandes empresas, governantes e fundações do mundo possam se perpetuar no poder”, justificou, citando que o objetivo é simples. “O difícil é mostrar isso do aspecto histórico, fazer espécie de biografia das ideias, quem são os agentes, os promotores, onde colheram informações, o que eles alegam e o que passam para nós”, acrescentou. Para o jornalista, audiências como essa são cruciais. “Porque ‘ideologia’ é justamente isso: fazer trabalhar em prol de uma causa sem saber os verdadeiros objetivos dela”.

A psicóloga Deuza Maria de Avellar, presidente da Associação Brasileira dos Psicólogos em Ação, mostrou o tema do ponto de vista da estrutura psíquica da criança, da vulnerabilidade, de sua fragilidade. “O quanto a criança se confunde, quando recebe informações que ela não tem capacidade cognitiva, emocional para assimilar. Em cima disso, nós temos hoje grande confusão acontecendo na primeira infância, segunda infância…Na adolescência, então, nem se fala. temos uma adolescência completamente confusa sobre a sua identidade sexual”, argumentou. Deuza também enfocou artigos da Constituição e o Estatuto da Criança e do Adolescente, que, garantiu, têm todo um sistema de proteção da infância e que está sendo burlado.

Para o vereador Felipe Passos, integrante da bancada católica, a população foi muito bem representada. “Mostrou que (a população) quer entender o tema que está sendo difundido no mundo inteiro e que influencia caso queiram colocar na base nacional comum curricular no Brasil de ensino das crianças. A audiência deixou claro que a implantação do termo gênero nas escolas faz parte de uma agenda globalista, que visa a manutenção de poder por meio de algumas famílias milionárias do mundo. Que se pode discutir as formas de se combater o preconceito e violência, mas não com a implantação dessa ideologia. Não discriminamos ninguém, queremos apenas que nossas crianças sejam protegidas contra qualquer mal, criado por qualquer tipo de ideologia”, justificou. O parlamentar lamentou a ausência da secretária de Educação, Esméria Savelli, que foi convidada, mas não compareceu ou mandou representante.

O bispo dom Sergio esteve na audiência como ouvinte, destacando a importância do tema. “Vim aqui para ouvir e ver uma questão tão importante como essa ser detalhada”, citou. Nas galerias, fiéis de diversas paróquias e representantes da Pastoral Familiar e de movimentos católicos.