Correio dos Campos

Pesquisadores da UEPG conquistam prêmios em Toledo

10 de outubro de 2017 às 15:37

Dois projetos de pesquisadores da UEPG conquistaram o primeiro e segundo lugares no espaço de premiações da V FEMAI – 9ª Innovacities International Business, realizadas nos dias 20, 21 e 22 de setembro de 2017, no Centro de Convenções de Toledo, Paraná. Trata-se dos projetos “Monitor para Fármacos”, primeiro lugar na categoria tecnologia em saúde (Troféu Ouro), dos professores Amaurí do Nascimento, Benjamin de Melo Carvalho e Luís Antônio Pinheiro; e “Placa geopolimérica a partir de vidros reciclados e seu processo de obtenção, segundo lugar na categoria sustentabilidade/proteção ambiental (Troféu Prata), dos pesquisadores Sidnei Antonio Pianaro, Gino Capobianco, Luiz Cesar Miranda de Lima Junior e Wilian da Maia.

A premiação ocorreu, em 22 de setembro, no espaço da Feira Internacional de Ciência Aplicada, Invenções, inovações e negócios (Innovacities), que interconecta sistemas de inovação por meio de mostras de inventos, inovações, e a interação de seus atores, entre eles, estudantes, cientistas, empreendedores, startupers. A Innovacities integra, desde 2013, o circuito internacional de eventos da International Federation of Inventors (IFIA). O evento foi realizado pela Associação Comercial e Empresarial de Toledo (ACIT), Associação Brasil Internacional de Inventores, Cientistas e Empreendedores Inovadores (ABIPIR), em parceria com a Unioeste (Universidade Estadual do Oeste do Paraná), e mais 23 instituições e organizações de ensino superior, pesquisa, inovação, empreendedorismo e fomento da região oeste do Paraná.

Inventos Premiados

O invento que obteve o primeiro lugar na categoria tecnologia em saúde trata de um dispositivo para monitoramento de liberação controlada de fármacos e correlatos, impregnados em matrizes poliméricas e outros substratos, em diversos fluídos biológicos (cecal, entérico, estomacal) nos seus diferentes pH e em função do tempo, com vistas à redução do número e de uso de cobaias em laboratórios. Premiado na categoria sustentabilidade/proteção ambiental, a placa geopolimérica visa possibilitar de forma extremamente prática, segura e econômica a aplicação como nova matriz geopolimérica em substituição às tradicionais formadas por metacaulin, escória de alto forno, cinzas volante ou rocha vulcânica na fabricação de placas cimentícias, aliado ao conceito de ecologicamente correto pelo completo reaproveitamento desse resíduo descartado na natureza.

Para o professor Sidnei Pianaro, a premiação é um reconhecimento do esforço dos alunos e pesquisadores envolvidos no projeto iniciado em 2013. “É gratificante o momento que premia o esforço de uma equipe na Feira Industrial”. O pesquisador assinala que o produto já está em fase de certificação e deverá estar no mercado no início de 2018. Pianaro explica que se trata de importante produto desenvolvido a partir de resíduos industriais gerados num raio de 30 quilômetros na cidade de Ponta Grossa com o objetivo de minimizar o passivo ambiental de resíduos sólidos. Frisa que o produto também contribui para reduzir a poluição ambiental. Isso porque o cimento desenvolvido não necessita de altas temperaturas para ser fabricado. O que pode ser traduzido na minimização da quantidade de gás carbônico eliminado na atmosfera – sendo um dos principais causadores do efeito estufa.

Competência e Visibilidade

O diretor da Agência de Inovação e Propriedade (AGIPI) da UEPG, Ricardo Ayub, destaca que a importância do evento está na oportunidade aberta para a divulgação dos trabalhos realizados na UEPG – das quais 80 patentes foram encaminhadas. “A instituição obteve o primeiro e o segundo lugar – o que demonstra a competência dos pesquisadores da instituição, os esforços coletivos da administração, professores e técnicos, para a melhoria da qualidade da infraestrutura de trabalho da instituição que garante cada vez mais espaços no cenário nacional e internacional”. Ayub ressalta a oportunidade de outras transferências para a iniciativa privada (quatro patentes) na linha de saúde oral.

Ricardo Ayub também cita a assinatura de contrato para desenvolvimento de novo produto na área agrícola – que deve gerar no futuro próximo patente em co-titularidade com a empresa Agrocete – Ponta Grossa-PR. O que demonstra, segundo o diretor, o potencial da UEPG, no conjunto de recursos advindos de seu capital intelectual – e na capacitação do corpo docente e de funcionários. “No momento difícil por que passa o país esta nova fonte de financiamento via royalties proporcionados pela transferência de tecnologia dá novo suporte à instituição e provoca na região a presença de novas indústrias – novos empregos diretos e indiretos – e aumento na arrecadação de impostos”. Para o professor, esse cenário aumenta a visibilidade da instituição através da formação de recursos humanos de alto nível.

O chefe do Escritório de Propriedade Intelectual e Transferência de Tecnologia, Angelo Luiz Maurios Legat, reforça que a premiação vem coroar o trabalho desenvolvido desde de 2008 na Agipi. “Ver os resultados de uma pesquisa patenteada pela Agência receber prêmios – e ter potencial de transferência para o mercado é gratificante”. Angelo Legat enfatiza que as pesquisas desenvolvidas na instituição precisam ter impacto na sociedade porque são trabalhadas com recursos públicos. “Os prêmios são uma resposta positiva da aplicação consciente dos recursos na pesquisa. A premiação dá visibilidade aos projetos do cimento; e da tecnologia na área de fármacos – e também a outras tecnologias desenvolvidas na instituição”.

(Assessoria de Imprensa/UEPG)