Correio dos Campos

Ranking da Revista Exame coloca Ponta Grossa entre as 100 melhores cidades do Brasil para receber negócios

9 de outubro de 2017 às 10:23
Imagem: Youtube

Há quatro anos a Revista Exame apresenta o ranking com os 100 municípios brasileiros que reúnem as melhores condições para a atração de novos empreendimentos industriais. O levantamento, realizado pela Urban Systems e que considera apenas as cidades que têm mais de 100 mil habitantes, colocou Ponta Grossa pela primeira vez no seleto grupo de municípios do País que oferecem condições favoráveis para a exploração industrial.

No levantamento da Urban Systems são checados 28 indicadores de desenvolvimento social, capital humano, infraestrutura e desenvolvimento econômico. A maior parte dos municípios que integram a lista é das regiões Sul e Sudeste do Brasil que, juntas, somam 78 cidades dentre as 100 indicadas através do levantamento.

Ponta Grossa estreou na lista de 2017, apenas na quarta edição do estudo feito pela Urban Systems. De acordo com o deputado federal Sandro Alex Cruz de Oliveira, irmão do prefeito Marcelo Rangel, a divulgação “coloca Ponta Grossa no ranking do desenvolvimento, emprego e renda, garantindo mais qualidade de vida para a população”.

“A entrada de Ponta Grossa nesse seleto grupo que avalia muitos e importantíssimos indicadores, mostra que estamos no rumo certo”, comemora o prefeito Marcelo Rangel.

INSPIRAÇÃO INTERNACIONAL

Municípios brasileiros cada vez mais seguem em planejamento a longo prazo. Aliás, esse tem sido o segredo para a evolução de muitas cidades que figuram na lista da Revista Exame. Entre as 100 cidades apontadas no levantamento, 15 delas já contam com propostas para o futuro, inspiradas em exemplos como de Nova York, que em 2007 lançou seu primeiro plano estratégico, na gestão do prefeito Michael Bloomberg.

Uma série de objetivos foi estabelecida no PlanNYC, como construir moradias acessíveis e sustentáveis para os novos habitantes, assegurar que cada um deles more a uma distância de até 10 minutos de caminhada de uma área verde e reduzir 75% do descarte de lixo em aterros.

DO PARANÁ PARA O MUNDO

Cada vez mais gestores públicos percebem que pensar no futuro é importante — mas qual é a chance de planejamentos de cidades serem efetivos, e não um mero amontoado de aspirações? Qual é o risco de as cidades planejarem demais — e executarem de menos? “A burocracia retarda as decisões porque quer ter todas as respostas antes. Mas um planejamento para uma cidade é, antes de tudo, um compromisso com a simplicidade e a imperfeição”, afirma Jaime Lerner, urbanista que tornou Curitiba uma cidade-modelo em planejamento urbano e mobilidade quando foi seu prefeito, nos anos 70.

Mais que uma montanha de dinheiro, a inovação, para acontecer, precisa ter espaço para começar. O caso dos corredores exclusivos de ônibus em Curitiba — hoje sendo implantados em mais de 250 cidades pelo mundo — é uma prova. “Na época, acreditava-se que uma cidade com 1 milhão de habitantes precisava ter um metrô, coisa que não tínhamos recurso para construir. O essencial foi começar com uma linha de ônibus para apenas 50 000 passageiros por dia, para entender que a solução mais simples também podia funcionar”, afirma Lerner.

(Com informações da Revista Exame)