Usuários do CAPS de Piraí do Sul expõem peças artesanais durante a 1ª Exposição de Arte Terapia
COM ASSESSORIAS – Na sexta-feira (16), o Centro de Atenção Psicossocial Sanito Milléo (CAPS) promoveu a primeira mostra dos trabalhos confeccionados durante seis meses nas oficinas terapêuticas. Os usuários criaram uma variedade de artesanatos, como chaveiros, brincos, animais de lã, pinturas em madeira, cestas de barbante e miçangas, quadros com sementes de girassol, sagu e pipoca, mosaicos em madeira, pinturas em panos de prato com giz de cera e tintas, dentre outros, com o de fortalecer a autonomia dos usuários, incentivando a interação, superando a timidez e promovendo a comunicação e o desenvolvimento da socialização.
Ao todo, quatro instrutores do CAPS participaram do evento, além da artesã, Silvana Rocha, das técnicas de enfermagem, Carol Oliveira Calveti e Isadora Martins Sabino, a enfermeira Joelma Rox, a psicóloga Maria Julia Teixeira da Silva e a assistente social Luiza Emanuely de Oliveira.
Segundo a paciente, Marcia Vassuavik, a exposição foi muito boa. “Tudo que foi feito ajudou a melhorar o meu dia a dia, melhorou a minha socialização, a minha saúde mental que estava péssima, agora me sinto bem melhor graças ao CAPS e as atividades que estou realizando aqui”.
De acordo com o secretário de Saúde, Júlio Cesar Sandrini, a exposição de artes do CAPS foi uma oportunidade excelente para se analisar todo esse tema.
“De que maneira o encontro da arte com a clínica, sob o viés das oficinas propostas durante a reforma psiquiátrica, pode se constituir numa potência em possibilidades de encontro, na medida em que se afasta de atitudes manicomiais que ainda fazem parte do percurso da saúde mental no Brasil?”, pondera.
“A ação deixou evidente também a lógica da clínica ampliada e da redução de danos como bases da atenção psicossocial, num processo de criação audiovisual colaborativo construído e vivenciado pelos usuários, onde a produção artística coletiva é conduzida de maneira a alcançar uma dimensão ética e política, que ultrapassa qualquer previsão moral e punitiva”, ressalta Sandrini.
Maria Aracy de Oliveira Teixeira, que também é paciente do CAPS, gostou muito da exposição. “Os trabalhos que eu fiz aqui ajudou demais minha autoestima, pois estava muito triste, nervosa em casa, não consegui fazer mais nada. Agora já estou fazendo muitas tarefas, sou feliz no CAPS, queria passar mais tempo aqui”, relatou.