Correio dos Campos

Adolescentes apreendidos por ameaças de massacre em escolas de Piraí revelam que queriam causar pânico

Segundo a Polícia Civil, garotos disseram em depoimento que criaram perfil falso nas redes sociais e passaram a divulgar informações sobre massacre apenas para causar pânico
20 de abril de 2023 às 11:18
(Foto: Divulgação)

DA REDAÇÃO – Após um trabalho de investigação e monitoramento nas redes sociais, a Polícia Civil de Piraí do realizou nas primeiras horas desta quarta-feira, dia 19, uma operação para dar cumprimento a mandados judiciais expedidos pela justiça local para apurar o suposto envolvimento de jovens que estariam envolvidos na preparação de ataques contra escolas da cidade.

Durante a operação, realizada em conjunto com a Polícia Militar e Conselho Tutelar, os policiais civis cumpriram o mandado de busca e apreensão contra dois adolescentes, de 13 e 14 anos, que realizaram postagens nas redes sociais apontando que supostamente planejavam a realização de massacres em escolas de Piraí do Sul.

De acordo com o delegado de polícia da cidade, Jairo Luiz Duarte de Camargo, os garotos informaram que as mensagens foram disseminadas com a exclusiva intenção de causar pânico nos colegas e professores. Segundo os adolescentes apreendidos, não existia qualquer ameaça real da efetiva ocorrência de massacre ou invasão em escolas.

Para apurar o caso com maior profundidade, a polícia apreendeu os telefones celulares dos menores para a realização de perícia que deve verificar se eles tinham ligação com algum grupo para planejar este tipo de ataque.

Pela gravidade da situação, que causou pânico em alunos e professores das redes estadual e municipal de ensino durante todo o dia de ontem, a justiça determinou que os dois adolescentes ficassem internados provisoriamente.

Investigação – O delegado relatou que toda informação de possíveis ataques em escolas é avaliada pelo setor de inteligência da Polícia Civil, que tem atuado em parceria com diversas esferas do Poder Público nesses casos, a fim de se apurar os autores, bem como o teor das publicações.

Ele ressaltou, ainda, que a simples publicação de mensagens com esse teor já configuram crime ou infração penal análoga a crime, e que a polícia está atuando firmemente para punir publicações como as feitas pelos adolescentes.