Correio dos Campos

Rapaz flagrado nu na rua sofre de esquizofrenia, diz familiar

Jovem foi diagnosticado com o distúrbio apenas aos 24 anos de idade.
9 de julho de 2018 às 17:57

REDAÇÃO/Correio dos Campos – Um dos irmãos do rapaz flagrado completamente nu na área central de Piraí do Sul durante a noite deste domingo, dia 8, relatou o drama vivido pela família com o rapaz. Segundo ele, os familiares buscam tratamento para o irmão que foi diagnosticado com esquizofrenia há cerca de 5 anos.

De acordo com o irmão, a família somente soube do distúrbio do rapaz quando ele já tinha 24 anos. Hoje com 29, ele alterna períodos de lucidez e surto, chegando a ficar entre 10 a 15 dias fora da casa da mãe nos períodos de crise.

“Ele está surtado a mais ou menos um mês dessa vez. Quando isso acontece ele sai sem rumo, tira a roupa na rua e faz o que fez ontem. Somente quando volta para si é que retorna para casa, sempre dizendo não se lembrar de nada do que passou”, conta o irmão.

Segundo o familiar, o rapaz já esteve internado para tratamento em duas oportunidades.

“Por duas vezes ele foi levado até o São Camilo (hospital psiquiátrico de Ponta Grossa), voltando muito bem de lá, medicado. O problema é que quando percebe que está melhor ele ou corta a medicação ou mistura os remédios com bebida, o que acaba levando a novas crises”, disse.

Agressividade

Embora o rapaz não apresente agressividade quando está na rua, episódios de fúria já foram demonstrados em casa, onde mora com um dos irmãos e com a mãe, que se trata de depressão.

“Dia desse ele surtou, quebrou um monte de objetos e jogou roupas e até alimentos para fora de casa. Quando isso acontece somente a polícia ou os bombeiros é que conseguem segurá-lo”, relatou o irmão.

Pedido de ajuda

De acordo com o rapaz, a família espera auxílio da secretaria municipal de saúde para um novo internamento.

“Queremos o melhor para ele e a situação para nós, vendo ele daquela forma de ontem, é vergonhosa. Mas, para isso, precisamos que a saúde aqui da cidade ache uma forma de internar ele porque nós não temos condições financeiras de fazer isso por conta própria”, finalizou o familiar.