Correio dos Campos

DA REDAÇÃO – O Correio dos Campos, em parceria com as rádios Brotas e Madasol FM, realizou levantamento na noite desta segunda-feira, 6, para apurar a situação da iluminação pública nas regiões centrais da cidade, além da Avenida Nossa Senhora das Brotas, que dá acesso ao bairro e também ao Santuário.

No total foram encontrados problemas em 33 vias, somando um total de 155 lâmpadas queimadas e outras duas com defeito (uma na Rua Marechal Floriano Peixoto e uma na Rua Paulo Abrão).

O levantamento foi realizado entre as 21 e 23h40 da noite do dia 6, contemplando todas as ruas do Centro, incluindo a parte alta da cidade até a Sanepar, Ronda e ainda o acesso ao Bosque das Brotas.

Relação – O resultado do levantamento foi protocolado na tarde desta terça-feira, 7, na prefeitura municipal, exigindo que todas as lâmpadas sejam substituídas dentro do prazo de 48 horas, conforme determina o contrato de prestação de serviços estabelecido entre o município e a empresa Instaladora Elétrica Guaramirim Ltda.

O pedido foi embasado no edital da licitação realizada para a contratação de empresa responsável pela iluminação pública e dos imóveis do município, que em seu termo de referência prevê a substituição das lâmpadas queimadas e com defeito em até 48 horas a partir do momento em que a reclamação for feita por qualquer munícipe, desde que o serviço seja para execução dentro dos limites urbanos da cidade (para a zona rural o prazo é de até 72 horas).

“Essa é apenas a primeira etapa desse serviço de utilidade pública que nós, do Correio e das rádios Brotas e Madasol, nos propomos a fazer a partir de agora. Depois disso, se a empresa não começar a trabalhar de acordo com o contratado e com o que a comunidade espera, inclusive pagando pelo serviço, iremos fazer o mesmo em todos os bairros da cidade, até que todo o município conte com iluminação decente, sem deixar a população insegura ao atravessar pela ruas escuras, que é o que acontece hoje”, disse Pedro Dalcol Filho, diretor do Correio dos Campos.

Denúncia – Além disso, uma cópia do protocolo foi encaminhada ao Ministério Público do Estado do Paraná, para que o órgão possa avaliar a informação repassada pela imprensa piraiense sobre o possível descumprimento do contrato, por parte da referida empresa.

A denúncia foi feita por diversos moradores que procuraram os dois órgãos de imprensa nos últimos 60 dias relatando que funcionários da empresa contratada estariam se deslocando para a cidade apenas uma vez por semana, contrariando assim as especificações postas em contrato e que, inclusive, estabelecem prazos para a substituição das lâmpadas queimadas.

Para apurar essa informação, o Correio dos Campos endereçou e-mail na manhã do dia 27 de outubro ao Chefe de Gabinete da prefeitura municipal de Piraí do Sul, Felippe Cezar Miguel (ver cópia no quadro abaixo da matéria), questionando alguns pontos em relação ao serviço prestado pela empresa contratada.

No entanto, até o início da tarde desta terça-feira, 7, onze dias depois da solicitação, ninguém da prefeitura havia se pronunciado sobre tais questionamentos.

Prazo – Um funcionário da empresa disse à reportagem do Correio dos Campos no dia 4 de setembro, data em que começou a atuar na cidade, que levaria cerca de 20 dias para realizar a substituição de aproximadamente 300 lâmpadas que estariam queimadas na ocasião. Porém, desde então, alguns locais ainda não receberam a visita da equipe da empresa nem para a primeira troca.

Um exemplo claro disso foram as ruas do Jardim Ipê e da Rua Amasílio Piedade, que receberam os técnicos da empresa apenas na segunda-feira, dia 6, mais de dois meses depois do início dos serviços.

Valor e pagamento – Mesmo não realizando o serviço contratado conforme as especificações contratuais, a prefeitura pagou o valor de R$ 14.500,00 no dia 25 de outubro para a empresa, referente ao primeiro mês da prestação do serviço.

No contrato anterior, que tinha uma empresa piraiense como responsável pela manutenção da iluminação pública, o valor pago era bem menor que o atual. Enquanto hoje se paga R$ 14,5 mil por um serviço mal executado e sem que a prefeitura e a própria empresa se pronunciem oficialmente sobre as razões que originam a situação precária no serviço, a empresa piraiense, até então responsável pelo serviço de manutenção da iluminação pública, recebia R$ 2.700 reais mensais.

Pela diferença nos valores entre o contrato anterior e o atual, o que se espera, no mínimo, é que as ruas não permaneçam cerca de 60 dias no escuro, como ainda acontece em cada uma das vias apontadas na relação abaixo.

Relação das Ruas / Qtd. Lâmpadas Queimadas

Ernesto Carneiro – 1
Conselheiro Joaquim Rolim de Moura – 3
José Ferreira de São Miguel – 1
Eduardo Haj Mussi – 1
Guadalajara – 3
Sinhá Mussurunga – 2
Quintino Bocaiúva – 3
José Fanchin – 3
Jordão Spiller – 1
Avenidas Manoel Ribas e Santa Marcelina – 4
Gumercindo Sguario – 5
Largo Frei Guido Hussmann – 2
Praça Francisco Cioffi – 4
Praça José Avais – 11
Avenida 5 de Março – 4
Travessa Fernando de Luca – 3
Paulo Abrão – 6* (uma com defeito)
João Torres Pereira – 3
Benjamin Constant – 1
21 de Abril – 1
23 de abril – 5
Getúlio Vargas – 5
Avenida Ponta Grossa – 2
Praça Alípio Domingues – 2
Entorno Centro de Lazer e Ginásio – 15
Travessa Brasília Araújo – 2
Praça Pedro Lupion – 7
XV de Novembro – 1
Marechal Floriano Peixoto – 2* (uma com defeito)
Alfredo Moreira – 5
Estanislau Wollmann – 4
Elza Lupion de Queiroz – 1
Avenida Nossa Senhora das Brotas – 44 (Matriz/Santuário)

TOTAL – 157

Referência: Levantamento realizado no dia 6 de novembro (21h00 às 23h40)