Correio dos Campos

Padrasto de criança que foi hospitalizada com sinais de tortura é preso em Prudentópolis

Menino de dois anos precisou ser internado após sofrer várias lesões e uma fratura no braço. Padrasto e mãe devem ser indiciados por tortura, segundo a polícia
6 de maio de 2022 às 09:55
(Foto: Fábio Dias/PCPR)

O padrasto de uma criança de dois anos que foi hospitalizada com sinais de tortura foi preso, em Prudentópolis, na região central do Paraná, segundo a Polícia Civil. O suspeito foi detido na noite de quinta-feira (5).

(O g1 errou ao informar que o pai da criança havia sido preso. Na verdade, a prisão foi do padrasto do menino. A informação foi corrigida às 9h24 de sexta-feira (6))

A mãe do menino está presa desde o dia 30 de abril, suspeita de tortura, após médicos perceberem que a criança estava com várias lesões e com uma fratura no braço.

O caso corre sob segredo de Justiça. A Polícia Civil informou que os investigados da criança devem ser indiciados pelo crime de tortura. O padrasto ainda será ouvido.

O menino chegou a ser transferido para um hospital de Guarapuava e foi levado para uma instituição de acolhimento após receber alta.

O caso

Segundo a polícia, a mãe disse ter encontrado o filho na sala, durante a madrugada. Ao lado do menino, segundo ela, havia uma tesoura e uma faca de serra. Ela ainda informou à polícia, que pediu ajuda para a sogra, e levou a criança para o hospital.

Questionada pela PM, a mulher disse que estava sozinha em casa.

Os policiais militares também ouviram o médico que atendeu o menino. O profissional afirmou que diagnosticou várias lesões, que aparentam ter sido feitas em dias diferentes.

Entre as lesões encontradas no dia estava uma fratura no braço direito e um machucado feito por objeto cortante na cabeça do menino. O laudo descartou que as lesões foram causadas por acidente doméstico.

Segundo a Polícia Civil, a mãe foi conduzida à delegacia e interrogada. Em depoimento, ela disse que o menino tinha caído da cama. O Conselho Tutelar também foi acionado.

Fonte: G1