Correio dos Campos

Advogado do motorista acusado de matar criança diz que delegada não quis escutá-lo

A defesa esteve na delegacia nesta segunda (20) e terça-feira (21); nas duas vezes, o advogado disse ter ficado esperando a delegada sem conseguir conversar com ela
22 de dezembro de 2021 às 09:47
(Foto: Reprodução/ Redes Sociais)

Na manhã desta terça-feira (21), o advogado do motorista acusado de atropelar e matar Beatriz Vivian Mendonça, de 12 anos, esteve na delegacia de Arapongas, no norte do Paraná, pela segunda vez. De acordo com a defesa, seu cliente está disposto a esclarecer o ocorrido mas a delegada responsável pelo caso não quer escutá-lo.

“Em contato com a delegacia de Arapongas, procurei a Dra. Thaís, que é a delegada responsável pelo caso, e me prontifiquei em apresentá-lo. Não houve retorno pela manhã. No período da tarde, me desloquei até a delegacia de Arapongas e permaneci por duas horas aguardando a delegada de polícia tomar uma decisão em relação a oitiva do senhor José. Para a minha surpresa, no final da tarde, depois de duas horas, o investigador de polícia plantonista apenas me informou que ela não atenderia. Não tinha mais o que fazer, não posso obrigar a delegada a me atender e ouvir meu cliente. Hoje pela manhã, retornei à delegacia, para minha surpresa, a delegada não estava, insisti com o investigador plantonista, ele encaminhou mensagem para a delegada que, depois de 40 minutos, apenas informou que ela não teria interesse em ouvir o seu José neste momento e sim em momento oportuno ela mandaria intimação para tanto”, comenta o advogado Inovey Mais.

O advogado acredita que a delegada tenha representado pela prisão preventiva do motorista e esteja aguardando o poder judiciário autorizar a medida. Ele também comentou que, nas idas à delegacia, o motorista que atropelou Beatriz e feriu seu pai estava aguardando dentro do carro.

“Meu cliente está à disposição para prestar quaisquer esclarecimentos, está profundamente arrependido, reconhece o ato dele, ele era o condutor do veículo, não vai se furtar da sua responsabilidade, está aflito com a dor da família que perdeu uma criança e teve um pai hospitalizado”, comentou o advogado.

A defesa entrou em contato com a corregedoria de Polícia Civil de Londrina pedindo providências quanto a recusa da delegada em escutar o acusado.

Relembre o caso

Na noite de domingo (18), Beatriz e o pai foram atropelados na Rua Tico-Tico do Campo, região residencial de Sertanópolis. Com a pancada, a menina foi arremessada contra um poste. Socorristas tentaram reanimar a vítima por quase uma hora mas ela não resistiu aos ferimentos. O motorista que conduzia o carro fugiu sem prestar socorro. O pai dela, Anderson Leal, teve ferimentos graves e foi encaminhado para o Hospital Norte Paranaense (Honpar) mas já está em casa.

Fonte: Ricmais

Leia mais clicando AQUI