Urubu assiste à missa junto a fiéis em paróquia do Paraná: ‘Mascote da comunidade’, diz moradora
Uma cena chamou a atenção dos fiéis que participaram de uma missa da Paróquia São Josafat em Prudentópolis, na região central do Paraná: a ilustre presença da Xaropinha, uma urubu fêmea adotada por comerciantes da cidade, que apareceu e participou de toda a celebração.
Câmeras de segurança da paróquia registraram, inclusive, o momento da chegada dela, no domingo (5).
Nas imagens, é possível ver o momento em ela pousa do outro lado da rua e atravessa a via até a entrada da paróquia, em meio às pessoas.
O evento estava sendo transmitido pela internet e registrou, também, Xaropinha participando da cerimônia atentamente. Na missa dominical, a comunidade celebrava a recepção do ícone de São José.
“Achei muito incrível, ele [o animal] é muito domesticado. Não tem medo do povo e ficou olhando para o padre”, relembrou Lucas Lupepsa, que auxilia nas transmissões das missas nas redes sociais e é vice-diretor da escola.
Ele também falou da surpresa ao ver a ave entrar na paróquia. Segundo Lucas, até este domingo, ele não tinha visto a urubu chegar em frente da igreja nem entrar nela.
De acordo com participantes, Xaropinha ficou e participou de toda a celebração, inclusive prestando atenção nas palavras do pároco.
O nome, inclusive, foi dado pela idosa que cuidou de Xaropinha quando a ave foi resgatada com a ajuda de Sirlei Lemos, moradora da cidade. Segundo ela, a ave é mansa e muito bem recebida por onde passa em Prudentópolis.
“Ela é extremamente mansa. Hoje vive no Centro, vai para tudo que é canto, todo mundo trata bem e conhece. Ela é um amor, virou mascote da comunidade, é muito bem recebida onde for”, ressaltou.
“Dócil e gosta de carinho”
Xaropinha é conhecida como a ave símbolo da cidade. Moradores contam que ela é dócil, gosta de carinho e cotidianamente vai em diferentes comércios de Prudentópolis para se alimentar.
À RPC, Doroteia Jadvizak, que fez o registro da ave na igreja (veja cima), explicou que ela é filha de um outro urubu que também era conhecido da cidade, o Libório.
Ele morreu depois de ser atropelado por um caminhão, mas deixou a pequena ainda bebê, há cerca de um ano.
“Depois que o Libório morreu, a escola que trabalhei me avisou que tinha uma filhotinha dele em cima da biblioteca, morrendo porque quem alimentava ela era o pai. Liguei para meu amigo com a mãe dele, que cuidou do Libório, e resgatamos a Xaropinha”, contou Sirlei.
Fonte: G1