Correio dos Campos

“O carro não tinha problema”, declara dono de empresa de ônibus que tombou em Guaratuba

Homem revelou ainda que a manutenção estava em dia e a última vistoria foi realizada em dezembro
27 de janeiro de 2021 às 15:01
(Foto: Reprodução/Ric Record Tv)

A Delegacia de Delitos de Trânsito, da Polícia Civil do Paraná, segue no aguardo do laudo para apontar se o acidente com ônibus em Guaratuba foi causado por falha mecânica ou humana. O acidente na BR-376 resultou na morte de 19 pessoas, além de 30 feridos. Nesta terça-feira (26), o dono da empresa de viação do veículo que tombou esteve em Curitiba e conversou com exclusividade com a RIC Record TV.

De acordo com Teo Cruz, o veículo havia passado por uma vistoria em dezembro e a manutenção estava em dia. O dono da empresa também destacou que um problema no sistema de freio é improvável.

“Parte de freio o carro não tinha problema. Porque esse carro usa lona, os carros modernos usam pastilha de freio. Então todas as rodas do carro foram trocadas por lonas de freio. Então ele estava todo com lona nova de freio”, destacou Teo.

Segundo a Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT), o ônibus saiu do Pará, com 57 pessoas, e o destino final era Santa Catarina. Os corpos das vítimas, além de alguns sobreviventes, devem ser transportados nesta quarta-feira (27) para o norte do país.

Investigação

O caso está sendo acompanhado pela Delegacia de Delitos de Trânsito. O delegado Edgar Santana informou detalhes sobre o relato do motorista.

“Ele ao iniciar a serra percebeu que o sistema de freios não estava respondendo. Ao visualizar o painel do veículo percebeu que o balão de ar de freio do lado direito estava completo, no entanto o do lado esquerdo estava pela metade, por esta razão não estava conseguindo realizar a frenagem do veículo”, contou Santana.

O delegado também contou como aconteceu o momento do acidente. ”Neste momento ele tentou ir para área de escape, mas haviam veículos que impediram ele de acessar a passagem. Pensou também na possibilidade de encostar em um bitrem, no sentido de diminuir a velocidade, no entanto analisou melhor e verificou que esta conduta causaria um risco ainda maior. E na sequência, ao fazer a curva acabou colidindo com com o muro de proteção na curva”, explicou.

Fonte: Ricmais