Correio dos Campos

Mulher é suspeita de mandar assassinar marido a facadas no Paraná

O homem foi surpreendido pelos criminosos enquanto dormia; câmeras registraram a mulher na cena do crime poucos minutos antes do assassinato
19 de janeiro de 2021 às 15:34
Karina não foi encontrada pela RIC Record TV para dar sua versão sobre o crime. (Foto: Reprodução/RIC Record TV)

O pedreiro Ilizandro Fachin, de 43 anos, foi assassinado a facadas enquanto dormia dentro de casa na Vila Liberdade, em Colombo, na Região Metropolitana de Curitiba, durante a madrugada do último sábado (16).

O crime despertou revolta nos moradores da comunidade, já que conforme eles, Ilizandro não tinha inimigos e era bem quisto por todos.

Ivonete Faccin, irmã da vítima, conta que foi a mãe que encontrou o corpo do filho.

“A minha mãe que foi lá porque eles tinham ido no aniversário da filha do meu sobrinho. A hora que ela abriu a porta da sala, ela já viu uns pés de sangue. A hora que ela entrou no quarto já viu ele caído lá. Isso era 11 e pouco. Ela teve uma ameaça de infarto”, disse.

De acordo com a polícia, um dos fatores que chamou atenção dos investigadores é que os criminosos não arrombaram a porta da residência para entrar.

A polícia suspeita que pelo menos quatro pessoas participaram no crime, entre elas, Karina Noel do Nascimento, esposa da vítima. Já a família não tem dúvidas quanto à participação da mulher.

“Ela vivia ameaçando ele, que ia mandar matar ele, que ia fazer ‘casinha’ para ele. Aí, a gente avisava: ‘Larga dela, ela não te quer mais, não gosta, mas ele não acreditou. Infelizmente, aconteceu isso”, contou ainda Ivonete.

Karina viveu com Ilizandro por 15 anos, mas nas últimas semanas chegou a dizer para várias pessoas que a “hora dele estava para chegar”.

“Ela falou: ‘Logo, logo, eu vou matar ele’. Falou desse jeito para mim, ela mesmo comentou isso comigo. A gente fica com medo, né. Se ela teve coragem de fazer isso com o próprio pai das filhas dela, imagina com uma pessoa que era amigo dela”, contou um amigo de Karina, que prefere não se identificar.

Uma câmera de segurança, que fica na rua da residência onde o crime ocorreu, registrou uma pessoa entrando na casa por volta das 3h da manhã. Em menos de dois minutos, ela sai. Cerca de dez minutos depois, duas pessoas chegam no local, entram e demoram alguns minutos antes de sair correndo.

Para a polícia, a primeira pessoa a aparecer seria Karina que abriu a porta da residência, enquanto os dois últimos seriam os assassinos.

Karina prestou depoimento duas vezes, mas segundo o delegado Herculano Abreu, apresentou versões contraditórias sobre aquela madrugada.

“A princípio, ela tinha até negado que estivesse lá no local, mas tem imagem que prova que ela estava lá. Ela alega que foi pegar uma peça de roupa”, explicou o delegado.

O casal teve duas filhas, uma de 11 e outra de 12 anos de idade. Eles não estavam separados, mas, conforme relatos, ela passava várias noites fora de casa. Inclusive, antes do crime, havia declarado que estava namorando outro homem.

Fonte: Ricmais