Funcionários do transporte público de Ponta Grossa fecham terminais e paralisam circulação de ônibus
Funcionários do transporte público de Ponta Grossa, nos Campos Gerais do Paraná, fecharam a saída de todos os terminais e interromperam a circulação de ônibus na cidade na manhã desta segunda-feira (21). A manifestação durou uma hora, entre 10h e 11h.
Eles reivindicam o pagamento da segunda parcela do 13º salário. Na última sexta-feira (18), a Viação dos Campos Gerais (VCG), responsável pelo transporte público na cidade, informou que não realizará o pagamento por conta de uma crise financeira na empresa.
A empresa também sinalizou que pode não pagar a segunda parcela do salário mensal dos funcionários. Desde abril, os trabalhadores recebem os vencimentos parcelados em duas vezes.
Em nota, a VCG lamentou a interrupção dos serviços e afirmou que a situação tem sido alertada à Prefeitura de Ponta Grossa, mas que a empresa atingiu o limite operacional.
A empresa ainda ressaltou que a paralisação agrava a situação, pois promove uma queda forçada de passageiros.
A prefeitura afirmou informou que acompanha a situação e desdobramentos e, “caso seja verificada a necessidade, deverá proceder com as devidas medidas cabíveis”.
Paralisação total
Segundo o Sindicato dos Motoristas, Cobradores e Trabalhadores em Empresas de Transportes Coletivos (Sintropas), a ação pode se repetir a qualquer momento durante o dia.
O sindicato garante ainda que os protestos serão retomados nos próximos dias, até que os pagamentos sejam normalizados.
Ainda de acordo com os representantes da classe, não há previsão de assembleia para paralisação total do transporte público de Ponta Grossa.
Auxílio vetado
Na sexta-feira (18), a Viação Campos Gerais explicou que tem enfrentado uma crise financeira diante dos efeitos da pandemia.
No dia 10 de dezembro, o presidente Jair Bolsonaro vetou um projeto de lei (PL) que previa auxílio emergencial de R$ 4 bilhões para sistemas de transportes em cidades com mais de 200 mil habitantes.
Se o PL fosse sancionado, a VCG seria impactada pela medida.
A empresa afirmou, ainda, que “embora tenha formalizado, sobretudo ao poder público, em diversos momentos, não houve nenhuma resposta ou sinalização da prefeitura, capaz de auxiliar na busca por uma solução”.
Fonte: G1
