Correio dos Campos

Idoso afirma ter sido espancado por segurança de mercado por causa de mortadela no Paraná

Após pedir para que o segurança parasse com as agressões, Claudio relembra que o profissional deu um soco em seu rosto, o derrubou no chão, e continuou com as agressões
23 de outubro de 2020 às 14:52
(Foto: reprodução)

Em Curitiba, um idoso afirmou ter sido espancado por um segurança de um mercado localizado na rua João Negrão, próximo ao terminal do Guadalupe, nesta quarta-feira (21).

Claudio Jose Martins, de 64 anos, perdeu quase todos os dentes superiores da boca, e alega ter sido brutalmente agredido por conta de uma confusão envolvendo uma mortadela.

A história de Claudio foi compartilhada nas redes sociais pela sobrinha, que se sentiu revoltada com situação.

“Ele tem 64 anos, é cardíaco e diabético, e recentemente passou por uma cirurgia do coração, o que torna a situação ainda pior. NADA justifica uma agressão dessas, principalmente em um senhor de idade com a saúde debilitada. O motivo? Acusaram ele de ter jogado uma mortadela em uma moça no mercado, sendo que não tinha sido ele”, explicou Isabella Martins na postagem.

Procurado pela RIC Record TV, Claudio contou sobre o caso em uma entrevista ao repórter Tiago Silva. De acordo com o idoso, há pelo menos quatro anos ele vai ao mercado fazer compras, e o sentimento que fica é o de revolta.

“Ser agredido bestamente daquele jeito. Nunca pensei que um dia eu fosse passar por isso. Eu tava no caixa pagando e ele veio e falou pra mim: ‘você que jogou a mortadela na cara da menina lá?’. E eu falei ‘eu não joguei mortadela nenhuma. Eu tava pagando a compra pra ir embora’. Na sequência veio um rapaz e indicou a pessoa que jogou essa mortadela, e a hora que ele chegou perto da padaria já começou a bater na cara do rapaz”.

Diante da cena que via, Claudio conta que não pensou duas vezes e tentou defender o indivíduo que estava sofrendo as agressões.

“Eu tomei a atitude de ir lá pedir pra parar de fazer aquilo porque não há necessidade de bater em um cara daquele jeito. Isso aí não se faz”.

Após pedir para que o segurança parasse, o idoso relembra que o profissional deu um soco em seu rosto, o derrubou no chão, e continuou com as agressões.

No local, a Polícia Militar (PMPR) teria chego após 40 minutos, mas, segundo a vítima, seu depoimento não foi colhido pelos policiais.

Coberto de sangue, Claudio foi atendido por uma ambulância do Samu, mas recusou encaminhamento ao hospital.

Em um vídeo cedido pelo mercado, o idoso afirma que a imagem foi cortada, pois não mostra o momento das agressões.

“Ou cortou ou ele não quis levar até lá pra mostrar pros policiais pra dizer que ele não tinha culpa, tanto é que no laudo fala né (…). Vou querer o ressarcimento da minha boca, que eu vou ter que fazer um implante, vou ter que gastar, isso aí o mercado vai ter que arcar”.

Nota da Polícia Militar

Em nota, a Polícia Militar informou que conforme as imagens de câmeras de segurança, apenas uma pessoa teria agredido o idoso, e essa pessoa não seria o segurança. Além disso, segundo a nota, o agressor teria fugido do local.

No mercado, ninguém quis comentar o caso.

Fonte: Ricmais