Correio dos Campos

Suspeito de jogar água fervendo em mulher durante briga se surpreende ao saber da prisão: ‘Como assim? Vou ficar preso?’, diz

Mulher sofreu queimaduras de segundo grau por todo o corpo após uma discussão com o companheiro no sábado (19), em Floresta. Companheiro da vítima foi autuado por tentativa de feminicídio.
21 de setembro de 2020 às 14:33
Suspeito de agredir mulher em Floresta está preso em Maringá. (Foto: Reprodução/RPC)

O homem que foi preso suspeito de jogar uma panela com água fervendo contra a companheira em Floresta, no norte do Paraná, negou o crime à Polícia Civil. Durante o depoimento, Rogério Cleverson, de 43 anos, se surpreendeu ao descobrir que ficaria preso e seria autuado por tentativa de feminicídio.

“Como assim ? Eu vou ficar preso?”, questionou o suspeito.

A mulher, de 51 anos, foi atendida em um hospital de Floresta no sábado (19). De acordo com o prontuário médico, a vítima sofreu queimaduras de segunda grau por todo o corpo.

Policiais militares descobriram o caso ao serem chamados por funcionários da instituição hospitalar. Os trabalhadores disseram que o companheiro da mulher estava atrapalhando as atividades da unidade. Ele foi preso e levado à delegacia de Maringá.

Caso

A vítima disse aos policiais que estava cozinhando macarrão quando o marido chegou transtornado em casa. O homem começou a briga ao dizer que o cachorro da família fugiu porque a mulher deixou o portão da casa aberto.

A vítima relatou que depois disso o companheiro pegou a panela que estava em cima do fogão e jogou contra ela.

Em depoimento à Polícia Civil, o suspeito negou a versão contada pela mulher.

“Nunca na vida faria isso. Como eu ia chegar em casa e ia ter as coisas prontas pra mim jogar nela? Eu não faço isso doutor”, alegou.

O delegado ainda questionou o investigado sobre outra situação de violência doméstica praticada pelo suspeito. Na ocasião, a mulher teve o nariz quebrado.

“Ela estava bêbada lá, caiu, bateu a cabeça na parede, na porta do quarto”, disse.

O suspeito segue preso em Maringá.

O G1 não conseguiu localizar a defesa do investigado para comentar o caso.

Fonte: G1