Mais de 150 cobras são recolhidas pela polícia em Mandaguari
G1 – Mais de 150 cobras foram recolhidas pela Polícia Militar Ambiental de uma casa em Mandaguari, no norte do Paraná, na manhã desta quarta-feira (29). Segundo a polícia, o morador fazia o recolhimento de forma voluntária, mas não tinha autorização para mantê-las em casa.
Os animais não era maltratados, porém eram mantidos dentro de um caixão sem segurança e o morador não tinha licença ambiental para manter e reproduzir animais silvestres em cativeiro.
Segundo a Polícia Ambiental, após receber denúncias, os agentes entraram em contato com o morador, e ele fez a entrega. Ao todo foram recolhidos 153 animais, sendo 152 cascavéis e uma jararaca. Entre as cobras cascavel, 52 são consideradas adultas e 100 filhotes.
O capitão da Polícia Ambiental Luciano José Busk, as cobras eram capturadas quando apareciam em algum local da cidade, e depois eram levadas para a casa do aposentado Dirley Bortolanza, algo que é proibido.
“Ele é um colaborador da região. As pessoas que acabam encontrando cobras em residências, em motores de carros, eventualmente ligam para ele que faz a retiradas. Isso não pode acontecer. Somente os órgãos ambientais são responsáveis por fazer esse tipo de retirada, seja o Instituto Água e Terra ou o Batalhão da Polícia Ambiental”, explicou.
Ainda segundo a polícia, como a entrega foi voluntária, não há configuração de crime. No entanto, o aposentado foi orientado a não fazer mais a captura e guarda das cobras.
“A partir de agora vou avisar o bombeiro, eles passam aqui em casa e vamos juntos capturar a cobra. Depois o animal será encaminhado automaticamente para os órgãos ambientais”, afirmou Dirley Bortolanza.
A operação de coleta foi acompanhada por uma bióloga e um médico veterinário do Instituto Água e Terra. Segundo o veterinário, todos os animais estão bem tratados e alimentados.
As cobras serão indicadas para instituições parceiras em pesquisa e produção de soros antipeçonhentos, como o Centro de Produção e Pesquisa de Imunobiológicos (CPPI) da Secretaria Estadual de Saúde, que fica em Piraquara, na Região Metropolitana de Curitiba.
“Elas estão bem, estão saudáveis, bem tratadas. Agora, esses animais vão servir para pesquisa e produção de soro contra o veneno”, explicou o bióloga Maria Antônia Barros Freire .