Polícia diz que filha que matou pai não demonstrou arrependimento em depoimento
G1 – A mulher que matou o próprio pai e atirou contra um irmão em Imbituva, na região central do Paraná, alegou, em depoimento à Polícia Civil, que fez o disparo porque estava sendo agredida. No entanto, a versão foi negada por testemunhas e o delegado afirmou que ela não tinha nenhuma marca de agressão no corpo.
“Ela demonstrou frieza, desapego a vida humana, não demonstrou nenhum arrependimento de ter tirado a vida do próprio pai. No interrogatório estava bastante insolente, só queria saber o tempo de pena e quando seria solta”, detalhou o delegado Gumercindo Athayde.
O homem foi morto depois de pedir para que a filha, que tem 25 anos, fosse embora do Parque Aquático Central de Imbituva no fim da noite de sábado (25), de acordo com a Polícia Militar (PM).
A Polícia Civil contou que uma festa, com bebida alcoólica, era realizada no parque com conhecidos da mulher. O homem sabendo que a filha estava com a neta de três anos na festa, decidiu ir até o local e levou a criança embora. Depois, ele voltou na festa para buscar a filha. O delegado afirma que quando a mulher estava no banco traseiro do carro pegou uma arma e disparou.
O homem de 51 anos levou um tiro no tórax e, conforme a PM, morreu no local. O irmão da mulher, que estava dentro do veículo, ao tentar evitar o disparo colocou a mão na frente da arma e também acabou ferido.
“Os depoimentos das testemunhas foram contrários ao que ela estava falando. Em nenhum momento houve a narrativa de ameaça ou agressão do pai contra ela. Ela tentou desqualificar as versões das testemunhas, dizendo que essas pessoas estavam contra ela”, detalhou o delegado.
A mulher está presa na delegacia de Irati. Ela deve ser indiciada por porte ilegal de arma de fogo, lesão corporal e homicídio duplamente qualificado por motivo fútil e por ter atirado contra o próprio pai, ainda segundo a Polícia Civil.