Correio dos Campos

Jovens são indiciados por maus-tratos após darem bebida alcoólica a cachorro, diz polícia

Jovens publicaram vídeos em redes sociais mostrando o cachorro tomando bebida. Vídeo chegou a polícia por meio da Organização Não Governamental (ONG) de Proteção Animal de Maringá.
12 de junho de 2020 às 08:38
Polícia conclui inuérito por prática de maus-tratos — Foto: Polícia Civil

A Polícia Civil de Maringá , no norte do Paraná, indiciou por maus-tratos donos de um cachorro da raça Pug. Eles são suspeitos de dar bebida alcoólica para o animal.

O caso aconteceu no final de maio, em Marialva, também no norte do Paraná. Um vídeo mostra três pessoas com o animal. Uma delas coloca a mão dentro de um copo com um líquido vermelho e em seguida põe na boca do cachorro.

Em um outro trecho, os jovens colocam o que seria vodca em um pote e depois dão para o cachorro beber. Na postagem, eles afirmam: “eu falei…vodka pura agora!”.

Após a publicação nas redes sociais uma Organização Não Governamental (ONG) de Proteção Animal de Maringá reproduziu a postagem e chamou atenção da polícia.

O delegado Matheus Laiola, da delegacia de Proteção ao Meio Ambiente do Paraná, também replicou o vídeo em suas páginas e informou que faria a abertura de um procedimento para investigar o caso.

O delegado Luiz Henrique Vicentini, que trabalhou no inquérito, afirma que o dono do cachorro realizou exame no animal para tentar comprovar que não deu bebida alcoólica a ele.

“Pela possível quantidade ingerida, o exame é considerado inconclusivo. Para uma alteração, seria necessária uma grande ingestão de álcool”, afirma.

De acordo com Vicentini, em depoimento, os jovens negaram as acusações. Afirmaram que deram suco e água para o cachorro e não bebida alcoólica.

Segundo o delegado, caso seja instaurado um processo e os jovens sejam condenados, eles podem receber pena de detenção de três meses a um ano, além do pagamento de multa.

De acordo com a polícia, o juiz responsável pela causa analisará se o animal deve ser retirado do dono, conforme pedido feito por uma ONG da cidade.

G1 entrou em contato com os envolvidos, mas não retornaram as ligações.

Fonte: G1