Correio dos Campos

Polícia prende suspeito de matar esposa grávida que chegou a tatuar nome da vítima após o crime

11 de junho de 2020 às 11:06
(foto: divulgação)

RICMAIS – A Polícia Civil do Paraná (PCPR) prendeu nesta terça-feira (9), o homem que foi condenado pela morte da ex-mulher grávida, e que estava foragido. O crime foi cometido no dia 10 de janeiro de 2015 na cidade de Colombo, na Região Metropolitana de Curitiba. O jovem, de 23 anos, também é suspeito de ter cometido outro homicídio em Joinville, Santa Catarina, no ano de 2019.

Mayara de Cristo tinha 17 anos em janeiro de 2015, quando foi morta por um tiro nas costas. De acordo com informações da época, a adolescente grávida estava casada com Piedro Thiago de Souza há seis meses e foi baleada dentro de casa. A sogra que morava no mesmo terreno, informou acreditava que o disparo havia sido acidental, porém, o companheiro da vítima fugiu.

Desde o homicídio de 2015, Piedro deixou Colombo e passou por São José dos Pinhais, pelo litoral paranaense e até por Santa Catarina. Com o nome falso de Leandro, o jovem chegou a trocar tiros com a polícia e é suspeito de matar Cristian Albert Baunann, de 30 anos, em Joinville, no ano passado.

Nesta terça-feira (9), a investigação chegou até o jovem que estava na casa da mãe no bairro Santa Fé, em Colombo. Piedro foi detido e encaminhado para delegacia da cidade. O delegado da sede policial explicou a condenação.

“Concluímos que não foi um disparo acidental e sem teria sido um homicídio, praticado contra a ex companheira. Em razão disto, nós concluímos inquérito ele foi a julgamento, estava em liberdade, foi condenado a mais de 16 anos de prisão e após isso, a condenação, ele se evadiu”, contou o delegado Irineu Portes.

A prisão de Piedro é comemorada pela mãe da vítima, Magali de Cristo. A mulher contou que o suspeito chegou a fazer uma tatuagem para a vítima após o crime. De imediato ela pensou que era de henna, porém, no momento da prisão percebeu que o desenho era permanente.

“Depois de tudo que ele fez, passou uns dias, ele pegou e mandou no meu whatsapp o braço e o nome da minha filha tatuado. E ainda ele pegou e colocou lá ‘gostou sogrinha da homenagem?’. Nossa, eu me senti acabada. É um verdadeiro psicopata, tipo, matei e vou colocar o nome da vítima”, relembrou Magali.

Agora, com o jovem atrás das grades, a mãe celebra que a justiça começa a ser feita. “Parece que lavei minha alma. Porque todos os dias eu me deitava e me sentia uma pessoa indigente, sabe, eu me sentia uma pessoa incapaz. Vivia a base só de Rivotril para poder dormir, pensando ‘pô, o caro tirou a vida da minha filha e está solto, vivendo por aí. O cara tirou a única coisa que eu tinha de bem na vida’. Como eu falo, a promessa não tem data de validade […] A justiça vai ser feita”, comentou Magali.