Correio dos Campos

Médico de Colombo é denunciado por atender em unidade de saúde mesmo sabendo que estava com coronavírus

Ministério Público do Paraná informou que o profissional atendeu pelo menos nove pessoas no bairro Alto Maracanã e que só disse que estava infectado ao final do expediente.
2 de junho de 2020 às 17:17
Médico foi denunciado por atender pacientes na Unidade de Pronto Atendimento (UPA) Alto Maracaná, em Colombo, mesmo sabendo que estava infectado com Covid-19 — Foto: Divulgação/Sedu-PR

Um médico da rede municipal de Colombo, na Região Metropolitana de Curitiba, foi denunciado por atender pacientes em uma Unidade de Pronto Atendimento (UPA) mesmo após saber que estava infectado pelo novo coronavírus.

A denúncia foi assinada pelo Ministério Público do Paraná (MP-PR) no dia 25 de maio, e divulgada nesta terça-feira (2).

O médico, de acordo com o MP-PR, havia recebido o resultado positivo do teste da Covid-19 em 13 de abril, dois dias antes do plantão na unidade.

Segundo o MP-PR, o profissional atendeu pelo menos nove pacientes na UPA do bairro Alto Maracanã, no dia 15 de abril. Conforme a denúncia, ele só disse que estava com o vírus ao final do expediente.

Ainda de acordo com a denúncia, o homem pediu um atestado para que pudesse faltar ao trabalho na UPA nos dias seguintes.

Os promotores destacaram que ele já possuía um atestado, emitido dias antes, para justificar falta em um posto de saúde de Itapoá, em Santa Catarina.

O Ministério Público não divulgou o nome do profissional denunciado e informou que que pede a condenação dele pelos crimes de infração de medida sanitária preventiva e omissão de notificação de doença.

Investigação do caso

A Prefeitura de Colombo informou que tomou conhecimento do caso denunciado em 17 de abril e que, imediatamente, abriu um Processo Administrativo Disciplinar (PAD) para instaurar uma investigação.

O município disse que o médico foi afastado, inicialmente, por 90 dias.

De acordo com a prefeitura, também no dia 17, a Secretaria Municipal de Saúde enviou ao Ministério Público e ao Conselho Regional de Medicina do Paraná (CRM) um documento com as informações apuradas por uma comissão criada para investigar o caso.

Em nota, o município disse que “aguarda os posicionamentos por parte destes órgãos competentes informados preventivamente sobre a referida situação”.

Fonte: G1