Motorista réu por atropelar e matar menino de três anos em Curitiba vai a júri popular
G1 – A Justiça determinou, nesta quinta-feira (14), que o motorista réu por atropelar e matar o menino Marcelo Jardim, conhecido como Marcelinho, vá a júri popular.
Bruno Alisson Batista Ventura, de 25 anos, é réu por homicídio qualificado.
Marcelinho tinha três anos. O atropelamento foi registrado em 25 de outubro de 2019, no bairro Sítio Cercado. Bruno chegou a assumir a culpa, segundo as investigações, e pediu perdão à mãe da criança.
De acordo com a denúncia do Ministério Público do Paraná (MP-PR), ele dirigia alcoolizado e sem Carteira Nacional de Habilitação (CNH) quando atropelou a vítima.
Na decisão desta quinta-feira, o juiz Daniel Surdi de Avelar também manteve a prisão preventiva de Bruno Ventura.
Conforme o juiz, “há indicativos no processo de que, logo após a prática do fato, o acusado Bruno Alisson Batista Ventura tentou fugir do local do fato por mais de uma vez (…) evidenciando, assim, que não pretendia prestar contas de seus atos à Justiça”.
Com base nisso, a Justiça classificou a manutenção da prisão do motorista como ” imprescindível à adequada garantia da ordem pública e aplicação da lei penal”.
Homicídio qualificado
O jovem foi denunciado inicialmente pelo crime de homicídio simples, mas o MP-PR pediu aditamento da denúncia.
No pedido, os promotores afirmaram haver provas de que Ventura poderia ter também atingido outras pessoas, devido a velocidade em que dirigia o carro, além da manobra que realizou para desviar de um veículo estacionado, conduzindo o carro pela contramão.
O pedido foi aceito pelo juiz, em abril.
Atropelamento
Imagens de câmeras de monitoramento registraram o momento em que o menino corre, saindo de dentro de um supermercado, em direção à rua, quando é atingido pelo carro. Assista ao vídeo acima.
Andressa Oliveira, mãe de Marcelinho, disse que o motorista que atropelou o garoto tentou fugir do local do acidente, mas foi contido pelos moradores até a chegada da polícia.
A investigação da Polícia Civil revelou que Bruno já havia sido preso por dirigir sem habilitação e por embriaguez ao volante, em 2017.
O que dizem as defesas
O advogado Abner Fugaça, que representa a defesa de Bruno Ventura, informou que ainda não foi intimado sobre a decisão e que deve se manifestar depois de analisar o despacho.
O advogado Jeffrey Chiquini, responsável pela defesa da família de Marcelinho, ressaltou que confia na Justiça e que acredita que o réu será responsabilizado pelo que a defesa da família classifica como “grave e cruel crime”.