Isso é, o consumidor pode esperar novos reajustes. De acordo com o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), o arroz pesa mais no orçamento de famílias de baixa renda: representa 4% do orçamento de quem ganha até dois salários mínimos, quase o dobro da média da população.

O Cepea diz que, desde março, os consumidores passaram a comprar maiores volumes, o que forçou o varejo a reforçar estoques. “Em alguns casos, agentes apontaram vendas sendo triplicadas no período, com o atacado e o varejo visando formar estoques”, diz o estudo.

Beneficiadores de arroz apontaram ainda problemas logísticos para a entrega do produto em São Paulo, Minas Gerais e Rio de Janeiro, o que teria elevado os custos do transporte. Como as indústrias desses estados reduziram a produção, dizem, mais caminhões retornam vazios para o Rio Grande do Sul, aumentando o valor do frete.

Segundo o Cepea, a safra de arroz 2019/2020, será a segunda menor da história, acima apenas da safra anterior, devida à migração de produtores para outras culturas mais rentáveis, como a soja. Nos últimos dez anos, a produção de arroz no Brasil caiu em média 1,8% ao ano – este ano, será de 10,5 milhões de toneladas.

A demanda caiu 1,6% ao ano, passando de 12,2 milhões de toneladas no início da década para 10,2 milhões de toneladas na safra 2018/2019. Para a safra atual, o número deve chegar a 10,6 milhões de toneladas.

Fonte: Banda B