Investigação
O homem já era investigado há meses pela prática de fraudes envolvendo aquisição e locação de imóveis em Curitiba. De acordo com as diligências, ele adquiria imóveis através da falsificação de comprovantes de pagamento. Além disso, o homem realizava depósitos com envelope vazio para simular que estava cumprindo com o combinado.
Os imóveis adquiridos por ele geralmente eram financiados e a compra era feita por meio de contrato de gaveta. Posteriormente, o suspeito alugava para terceiros e iria mantendo a fraude até que os verdadeiros proprietários dos imóveis conseguissem reavê-los.
Histórico
Gustavo Martureli foi casado com o suspeito por três anos e relata que os problemas financeiros começaram a aparecer desde cedo. “Três meses antes do casamento, ele fez um cartão de crédito no meu nome e isso resultou numa dívida de 6960 reais. Não desisti de casar, porque tudo já estava pago e todas as pessoas convidadas”, disse o ex-marido do fotógrafo.
Após o casamento, novas dívidas apareceram. O espaço onde a festa da união foi realizada não recebeu o pagamento de 4 mil reais. Foi quando as inúmeras desculpas para a falta de pagamentos também começaram. “Ele simulou um acidente para se vitimizar e dizer que foi roubado enquanto estava desacordado. O valor para pagar o buffet estaria dentro do carro dele, enquanto ele foi levado para o hospital”, revelou o ex-cônjuge.
Em outro episódio, Gustavo pegou emprestado do marido uma máquina de cartões para receber o pagamento de seus serviços como massagista. “Usava a maquininha dele enquanto a minha não chegava. Ele transferiu 8 mil reais para a conta dele sem eu saber e dizia que estava com problemas na transferência do valor no aparelho”, afirmou.
Com o início do processo de divórcio, novas pendências foram descobertas. Parcelas do apartamento não pagas, 36 meses de condomínio atrasados, três meses de luz e quase 10 meses de contas de gás em atraso.
Sogra
Nem mesmo a sogra do rapaz teria escapado dos golpes. O fotógrafo trabalhava em um escritório, no Centro de Curitiba, e a fiadora no contrato de aluguel do local seria a mãe de Gustavo, já que o filho dividia o mesmo espaço para trabalhar com massagens. Após a separação do casal, Gustavo abandonou o espaço e o homem continuou no imóvel.
“Desde o dia que saí de lá, ele não pagou o aluguel e nem o condomínio. Minha mãe é uma das vítimas dele e vai depor contra ele, porque ele apresentava comprovantes de pagamento falsos para a própria imobiliária, que também vai entrar com uma ação contra ele”, contou.
Com a notícia da prisão, várias pessoas teriam aparecido relatando outras fraudes. O homem foi autuado por estelionato e falsificação de documento particular.