Correio dos Campos

Motorista que matou estudante atropelada em Curitiba estava a 114 km/h, aponta laudo

Acidente aconteceu em março, no bairro CIC; trecho tem velocidade máxima de 60 km/h. Outro motorista suspeito de participar do racha também estava acima da velocidade: a 88,70 km/h.
26 de março de 2020 às 07:47
Jovem morreu atropelada durante racha (foto: facebook)

Um laudo do Instituto de Criminalística do Paraná apontou que o motorista suspeito de atropelar e matar uma estudante durante um racha, em Curitiba, estava dirigindo acima da velocidade permitida no trecho no momento do acidente.

Conforme o documento de terça-feira (24), o trecho tem velocidade máxima de 60 km/h, e Fernando Rocha Fabiani estava a 114,52 km/h.

O outro motorista, Nicholas Henrique Castro, suspeito de participar do racha também estava acima da velocidade: a 88,70 km/h, segundo o laudo.

O acidente aconteceu no dia 12 de março, na Rua Pedro Viriato Parigot de Souza, no bairro Cidade Industrial de Curitiba (CIC). Caroline Beatriz Olímpio tinha 19 anos e morreu no local do acidente, na Rua Pedro Viriato Parigot de Souza.

Ela era estudante de arquitetura da Universidade Tecnológica Federal (UTFPR) do Paraná. No mesmo dia, dezenas de pessoas se reuniram para protestar sobre o acidente.

O outro lado

A advogada Thaise Mattar Assad, que defende o motorista Fernando Rocha Fabiani, informou que, com relação ao laudo “terá a oportunidade de apresentar, no curso do processo, a resposta técnica à acusação contida na denúncia”.

A defesa da família de Caroline, representada pelo advogado Jeffrey Chiquini, disse que o laudo “comprova que os acusados fizeram de seus veículos armas com potencial para matar. As velocidades demonstram a prática de corrida clandestina em via pública”.

A defesa de Nicholas Henrique Castro, representada pelos advogados Adriano Bretas e Marden Maués, disse que “por fragmentos de imagens, as informações contradizem a versão inicialmente propalada de que haveria um racha entre os automóveis, seja pela discrepância das velocidades desenvolvidas, seja pela distância que um automóvel se encontrava do outro”.

Fonte: G1