Caso Daniel: Defesa pede prisão domiciliar para Edison Brittes por conta do coronavírus
A defesa de Edison Brittes, réu por homicídio do jogador Daniel Correia Freitas, pediu para que ele seja colocado em prisão domiciliar por causa da pandemia do coronavírus.
O pedido foi feito à Justiça na quinta-feira (19). Brittes está preso preventivamente desde novembro de 2018.
Daniel foi morto em São José dos Pinhais, na Região Metropolitana de Curitiba, em outubro de 2018. O corpo dele foi encontrado com o órgão sexual mutilado, próximo a uma estrada rural. Edison Brittes disse que o matou porque o jogador tentou estuprar a esposa dele.
A defesa de Brittes afirma que há “gravíssimo risco de disseminação do coronavírus em ambientes de confinamento humano, notadamente em locais de estrutura precária de condições de saúde e higiene básica”.
O pedido cita uma recomendação do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) para que, em alguns casos, prisões preventivas possam ser reavaliadas caso a caso para evitar o contágio pelo vírus.
A defesa afirma que os presídios do Paraná estão lotados e não têm médicos suficientes para garantir a saúde dos presos durante a pandemia.
Edison Brittes está preso na Penitenciária Central do Estado (PCE), em Piraquara.
A defesa informou que aguarda a decisão da justiça e “espera que sejam considerados os aspectos de cuidados com a saúde e preservação da vida, razões que motivam o pedido”.
Júri popular
Em fevereiro, a Justiça determinou que Edison Brittes e outros seis réus sejam levados a júri popular. O julgamento não tem data para ser realizado.
Edson é o único réu do processo que está preso preventivamente.
Saiba os réus e por quais crimes serão levados a júri popular:
Edison Brittes Júnior
- Homicídio triplamente qualificado: (motivo torpe, meio cruel e recurso que impossibilitou a defesa da vítima)
- Ocultação do cadáver
- Fraude Processual
- Corrupção de menor
- Coação do curso do processo
Cristiana Rodrigues Brittes
- Fraude Processual
- Corrupção de menor
- Coação do curso do processo
Allana Emilly Brittes
- Fraude Processual
- Corrupção de menor
- Coação do curso do processo
David Willian Vollero Silva
- Homicídio triplamente qualificado: (motivo torpe, meio cruel e recurso que impossibilitou a defesa da vítima)
- Ocultação do cadáver
- Fraude Processual
Eduardo Henrique Ribeiro da Silva
- Homicídio triplamente qualificado: (motivo torpe, meio cruel e recurso que impossibilitou a defesa da vítima)
- Ocultação do cadáver
- Fraude Processual
- Corrupção de menor
Ygor King
- Homicídio triplamente qualificado (motivo torpe, meio cruel e recurso que impossibilitou a defesa da vítima)
- Ocultação do cadáver
- Fraude Processual
Evellyn Brisola Perusso
- Fraude processual
Fonte: G1