Correio dos Campos

Mulher vira catadora de piolho para ganhar renda extra: ‘trabalho digno’

Após passar por dificuldades financeiras, a autônoma resolveu trabalhar como catadora de piolhos como forma de garantir o pagamento do aluguel em Praia Grande (SP).
2 de março de 2020 às 08:08
Kelly fez um grupo nas redes sociais para divulgar seu trabalho na Baixada Santista — Foto: Reprodução/Facebook

Já se passaram quatro anos desde que a autônoma Kelly Wellyd Santana, de 44 anos, começou a trabalhar catando piolhos em crianças e adultos da Baixada Santista, no litoral de São Paulo, para garantir uma renda extra no fim do mês. Apesar de relatar sofrer preconceito com a profissão, ela resolveu postar o trabalho nas redes sociais e é assim que garante o pagamento do aluguel em Praia Grande (SP).

Mãe de uma menina e um menino, a ideia de catar piolhos surgiu pela experiência com os filhos e quando se viu diante de dificuldades financeiras. “Eu também trabalho como babá, e teve uma vez que cuidei de uma criança que estava com muito piolho. Em conversa com a mãe, ela disse que não tinha tempo para tirar e pediu a minha ajuda. Passei remédio e não funcionou, então consultei pessoas mais velhas e identifiquei uma técnica eficaz: detergente de coco”, relata.

Após descobrir o uso do detergente, Kelly passou por muitas dificuldades financeiras e decidiu investir na área. “Eu fiquei pensando qual poderia ser minha saída, estava passando por necessidades em casa e só o trabalho de babá não estava dando conta, então pensei em catar piolho”, relembra.