Correio dos Campos

Adolescente suspeito de atirar em menino de 11 anos, em Apucarana, presta depoimento à polícia

Polícia informou que o menino estava brincando na casa do vizinho, quando foi atingido em 23 de fevereiro; adolescente se apresentou na delegacia, acompanhado da mãe e de advogados, nesta sexta (28)
29 de fevereiro de 2020 às 08:02
Adolescente suspeito de atirar em um menino de 11 anos, em Apucarana, presta depoimento à polícia — Foto: Reprodução/RPC

Um adolescente, de 15 anos, apontado pela Polícia Civil como suspeito de atirar em um menino, de 11 anos, dentro de uma casa em Apucarana, no norte do Paraná, prestou depoimento nesta sexta-feira (28). Conforme a polícia, o adolescente se apresentou na delegacia acompanhado da mãe e de advogados.

A criança morreu após ser atingida por um tiro no dia 23, segundo a Polícia Militar (PM). O garoto chegou a ser levado para uma Unidade de Pronto Atendimento (UPA), mas não resistiu.

A Polícia Militar informou que o menino estava brincando na casa de um vizinho no conjunto popular Solo Sagrado, quando foi atingido. De acordo com a polícia, ele foi baleado no tórax.

O depoimento

Segundo o delegado Marcos Felipe, o adolescente disse à polícia que, no mesmo dia do caso, uma pessoa que mora próximo ao local pediu que ele guardasse uma arma.

Ele contou também que, depois de um tempo, foi até essa pessoa pedir para que ela buscasse a arma. Porém, no caminho, encontrou o menino de 11 anos. Os dois decidiram ir até a casa do adolescente, já que eram amigos, para brincar com um jogo no computador.

Conforme o delegado, no local, o menino pediu um carregador emprestado e, quando foi pegar, viu a arma que ele achou ser uma imitação. O adolescente contou que pediu a arma, já dizendo que era de verdade e, na hora que o menino passou para o adolescente, houve o disparo.

Vizinhos ajudaram a socorrer o menino, levaram para o Pronto Atendimento, mas ele não resistiu e morreu.

Nesse tempo, a pessoa dona da arma foi até a casa do adolescente e pediu para que ele falasse para a polícia que foi bala perdida, segundo o delegado.

De acordo com a polícia, essa pessoa, dona da arma, já foi identificada, e um inquérito foi instaurado para apurar o envolvimento dela no caso.

Os advogados que defendem o adolescente explicaram que ele está em liberdade porque a tese é de homicídio culposo, quando não há a intenção de matar. A defesa ainda afirma que o tiro foi acidental.

Fonte: G1