Professor foi torturado e assassinado por homofobia, diz polícia; sete são indiciados
Sete pessoas foram indiciadas, nesta sexta-feira (21), por participação na morte do professor Ronaldo Pescador, de 40 anos. Para a Divisão de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) de Curitiba, o crime ocorrido em um ‘after’ no bairro Alto Boqueirão foi motivado por homofobia. A vítima foi encontrada morta no dia 1º de dezembro do ano passado, nas proximidades do Zoológico de Curitiba.
Para a Polícia Civil, todos os sete devem responder pelo crime de homofobia, que foi equiparado ao crime de racismo por entendimento do Supremo Tribunal Federal (STF). Quatro deles, segundo a investigação, tiveram participação direta na morte e vão responder por homicídio triplamente qualificado, com tortura, motivo fútil e impossibilidade de defesa. Três vão responder por omissão de socorro. Por fim, uma adolescente é citada na conclusão do inquérito. Ela deve responder por ato infracional por quatro crimes, mas homicídio não é um deles.
De acordo com o delegado Tito Livio Barichello, o caso é bastante complexo, mas a polícia conseguiu apurar o ocorrido na casa do Alto Boqueirão. “A vítima foi até uma festa rave e, posteriormente, foi levada por um dos acusados até essa residência. Lá, todos consumiram drogas e bebidas alcoólicas, mas não satisfeitos com a orientação sexual da vítima, iniciaram as agressões, em um claro crime de homofobia. Ronaldo foi torturado física e psicologicamente, com cinta, martelo, esganadura com as mãos e estrangulamento com um fio”, descreveu.