Correio dos Campos

Novo posto reforça fiscalização agropecuária no Estado

Com investimento de R$ 1,3 milhão, recurso de cooperativas gerido pelo Fundepec, o posto, localizado na Rodovia Regis Bittencourt km 11, vai garantir o controle do trânsito de animais e ampliar o potencial de defesa da sanidade do Estado
12 de fevereiro de 2020 às 16:23
(Divulgação/AEN-PR)

AEN/PR – O Governo do Estado inaugurou nesta terça-feira (11) em Campina Grande do Sul, na Região Metropolitana de Curitiba, o novo Posto de Fiscalização de Trânsito Agropecuário, da Agência de Defesa Agropecuária do Paraná (Adapar). Também foi assinado um termo que determina a cessão do posto do Fundepec para a Adapar.

Com investimento de R$ 1,3 milhão, recurso de cooperativas gerido pelo Fundo de Desenvolvimento Agropecuário do Estado do Paraná (Fundepec), o posto localizado na Rodovia Regis Bittencourt, km 11, vai garantir o controle do trânsito de animais e ampliar o potencial de defesa da sanidade do Estado.

As obras começaram em agosto do ano passado e a área construída é de 51,73 metros quadrados. Essa unidade era uma das exigências do Ministério da Agricultura para que o Paraná prepare sua estrutura de fiscalização e conquiste o status de Área Livre de Febre Aftosa sem Vacinação. Oito técnicos da Adapar trabalharão, em regime de revezamento, no atendimento.

O secretário estadual da Agricultura, Norberto Ortigara, disse que esse é um esforço de longo prazo na ampliação da vigilância no Paraná e falou sobre outras iniciativas como o Fundepec, que tem aproximadamente R$ 79 milhões para eventuais indenizações, das 33 unidades de fiscalização da Adapar, com o avanço da vigilância ativa e passiva, além da capacitação do seu corpo técnico.

Citou também o cadastro de animais e, mais recentemente, a publicação do edital de concurso público com 80 vagas para veterinários e técnicos agrícolas, para ampliar a equipe da Agência. “Avançamos bastante para a construção de um ambiente sanitariamente adequado”, disse o secretário. “Quem vai trabalhar aqui nesse posto tem um papel muito relevante. Tudo foi feito para evoluirmos e mostrar ao mundo uma cara limpa”, acrescentou.

O diretor-presidente da Adapar, Otamir Cesar Martins, reforçou a importância da parceria entre poder público e iniciativa privada em todo o processo. “Sem a participação efetiva da iniciativa privada não teríamos condição de fazer isso. É um marco importante para o Paraná, em busca desse status”, disse.

Desde outubro de 2019 está proibido o uso e comercialização da vacina contra febre aftosa no Paraná. E, desde o dia 6 de janeiro deste ano, não é permitido o ingresso de animais vacinados no Estado, exceto os destinados para o abate imediato.

PARCEIROS – O presidente da Federação da Agricultura do Paraná (Faep), Ágide Meneguette, destacou que o novo status vai aumentar a demanda para exportação do Paraná. “Com esse trabalho, estamos escrevendo uma nova história para a agropecuária paranaense”, afirmou.

Para o presidente do Fundo de Desenvolvimento da Agropecuária do Paraná (Fundepec), Ronei Volpi, a conquista dobra a responsabilidade no trabalho de reforço na vigilância. “Não podemos vender só produtos, precisamos vender credibilidade”.

A chefe do Serviço de Fiscalização de Saúde Animal do Ministério, Juliana Bianchinni, parabenizou o Paraná pelo trabalho de fortalecimento do sistema de defesa agropecuária.

Em 2020, as cooperativas paranaenses têm uma demanda de R$ 3,8 bilhões em investimentos, 70% para agroindústria, e mais da metade para produção de proteína animal, segundo o presidente do Sistema Ocepar, José Roberto Ricken. “Essa etapa está bem encaminhada. Temos que agregar valor, garantir qualidade e conquistar e manter mercados. Valeu a pena o esforço em conjunto com governo estadual”.