Correio dos Campos

Menino de 5 anos baleado na cabeça passa por cirurgia e aguarda vaga na UTI pediátrica

Estado de saúde de Arthur Gonçalves Monteiro é grave. Ele foi atingido quando estava com o pai em partida de futebol no Morro São João. Traficantes e policiais de uma UPP trocaram tiros na região -- o pai também ficou ferido.
28 de janeiro de 2020 às 09:14
Waldir da Silva, avô do menino Arthur — Foto: Reprodução/TV Globo

O menino de 5 anos atingido por uma bala perdida na cabeça, no Engenho Novo, na Zona Norte do Rio, passou por uma cirurgia na madrugada desta terça-feira (28) no Hospital Salgado Filho, no Méier.

A bala, no entanto, continua alojada na cabeça de Arthur Gonçalves Monteiro. Seu estado de saúde é considerado grave. Até a última atualização desta reportagem, ele aguardava uma vaga na UTI pediátrica da unidade.

João Paulo Monteiro Esperança, tio paterno, recorreu ao Plantão Judiciário e conseguiu um ofício. “Meu sobrinho precisa ser transferido o mais rápido possível”, clamou.

“Pela idade dele, 5 anos, a gente nunca esperava que isso pudesse acontecer. Ele não tem como esperar muito pelo atendimento”, disse Waldir Gonçalves da Silva. “É muito duro. Só Deus.”

Arthur foi baleado na na noite de segunda-feira (27). Ele acompanhava o pai em uma partida de futebol no Morro São João quando policiais da UPP foram atacados por traficantes e iniciaram intensa troca de tiros. Os criminosos fugiram, e ninguém foi preso.

Segundo a família, Paulo Roberto Monteiro, pai de Arthur, se jogou por cima do filho para protegê-lo do tiroteio e foi atingido por uma bala na mão. O projétil atravessou a mão de Paulo Roberto e ficou alojada na cabeça do garoto.

O pai de Arthur também foi levado para hospital, foi atendido e medicado e passa bem. Arthur deu entrada no Hospital Vital e depois foi encaminhado para o Salgado Filho.

A Polícia Civil vai investigar de onde partiu o tiro que atingiu Arthur.

Morte na Baixada

Arthur é a segunda criança vítima de bala perdida este ano no RJ.

No dia 10, uma menina de 8 anos morreu depois de ser atingida na cabeça no sofá de casa, no bairro Parque Esperança, em Belford Roxo, Baixada Fluminense.

Fonte: G1