Correio dos Campos

Jovem agredida pelo companheiro no DF faz alerta: ‘Saiam fora enquanto é tempo’

Agressão ocorreu na quarta-feira (1º). Raquel Cavalcante, de 23 anos, afirma que suspeito apresentava comportamento violento.
3 de janeiro de 2020 às 08:45
Foto: ilustrativa

Após ser agredida pelo companheiro na última quarta-feira (1º), uma jovem de 23 anos usou uma rede social para fazer um alerta. Em um texto publicado no Facebook, Raquel Cavalcante, moradora de Ceilândia, no Distrito Federal, desabafou:

“Vim aqui mostrar o que o cara que eu sempre fiz tudo (sic), sempre tentei, cuidei de todas as formas, e no fim recebi isso! Ele quase me matou e se tô aqui viva é porque Deus me poupou pelos meus filhos.

Achei que nunca ia passar por isso na minha vida. Gente, vocês que vivem em um relacionamento abusivo, saiam fora enquanto é tempo, antes que o pior aconteça”. “Ele ficava nervoso fácil, e gritava comigo e com nosso bebê.”

Raquel afirma que, no dia do crime, ela e o companheiro estavam em um bar almoçando, quando ele começou a consumir bebidas alcoólicas. Segundo a jovem, ele estava nervoso e proferindo xingamentos. Ela conta que, quando voltaram para casa, Jonathan se tornou ainda mais agressivo e quis tomar o filho do colo da mãe.

“Quando eu não deixei ele pegar meu bebê, ele veio para cima de mim, me bater. Então eu joguei nele uma garrafa de café, que estava perto de mim. Depois disso ele me deu um soco no olho, e eu desmaiei”, afirma.

A jovem conta que, quando retomou a consciência, o companheiro estava em cima dela, batendo em sua barriga. Segundo Raquel, após as agressões, a irmã dela apareceu na casa, e a levou para o Hospital Regional de Ceilândia, enquanto o agressor ainda estava no local.

A vítima registrou ocorrência na 23ª Delegacia de Polícia, em Ceilândia, nesta quinta-feira (2). Ainda na quarta, a Polícia Militar foi até a casa onde Raquel vivia com o companheiro, mas ele não foi encontrado no local.

Segundo a delegada Márcia Margarete, que investiga o caso, o agressor tem, em sua ficha policial, uma outra ocorrência de violência doméstica, registrada em 2016 por outra vítima.

Um exame feito no hospital apontou dois coágulos sanguíneos na cabeça de Raquel por conta das agressões. Ela foi levada ao Instituto Médico Legal (IML) para exame pericial, e pediu medida protetiva contra o agressor.

Fonte: G1