Correio dos Campos

Momento Cívico marca início das comemorações do bicentenário de Palmeira

1 de abril de 2019 às 16:24
(Daymon Grocheviski/Prefeitura de Palmeira)

IMPRENSA/Palmeira – Abrindo a programação de comemoração do bicentenário do município de Palmeira, a praça Marechal Floriano Peixoto recebeu centenas de pessoas para a realização do Momento Cívico. O evento contou com uma mística especial, além das formalidades e protocolos, surpreendendo e emocionando os presentes.

O primeiro momento da cerimônia chamou, simbolicamente, todos os ex-prefeitos do município, que foram representados por estudantes que carregavam imagens dos ex-mandatários. Na sequência a presidente do Instituto Histórico e Geográfico de Palmeira (IHGP), Vera Lúcia de Oliveira Mayer, realizou pronunciamento no qual destacou fatos da criação do município.

Dando seguimento à cerimônia, as bandeiras de Palmeira, do Paraná e do Brasil, foram conduzidas por representantes de diversos setores da sociedade, acompanhados pela Fanfarra Arthur Orlando Klas, do Colégio Estadual Dom Alberto Gonçalves. Os condutores dos pavilhões foram representantes do Exército Brasileiro, do saber, das crianças, da juventude, do IHGP e das forças de segurança. Estes últimos repassaram as bandeiras para o chefe do Poder Executivo, o prefeito Edir Havrechaki, à chefe de Poder Judiciário, juíza Cláudia Sanine Ponich Bosco, e para o chefe do Poder Legislativo, vereador Domingos Everaldo Kuhn, que fixaram as bandeiras em seus respectivos mastros, no alto da escadaria em frente à Igreja Matriz.

Havrechaki, em seu discurso simbólico referente ao próximo dia 7 de abril, destacou a especial data que o município está comemorando. Confira na íntegra o discurso do prefeito:

“No dia 1º de janeiro de 2017, quando tomei posse deste meu segundo mandato de Prefeito Municipal, em meu pronunciamento disse que no dia 7 de abril de 2019, a manhã seria de brilho e o povo encheria as ruas para, literalmente, outra vez, bater palmas para Palmeira.

Hoje, a bicentenária senhora, rainha dos Campos Gerais do Paraná, está em festa, sim, recebendo não só aplausos, mas o carinho de um povo que vive neste “recanto de felicidade” exaltado na letra do nosso magnífico Hino.

Disse também, naquela ocasião, que eu, com o coração em euforia, teria o mais elevado privilégio de estar à frente da Prefeitura Municipal, contando novamente, a exemplo dos quatro primeiros anos de gestão, com o trabalho de valorosos companheiros, comandando uma inesquecível comemoração para um momento único na história: o bicentenário da nossa querida cidade.

Aqui estamos, todo nós, privilegiados por podermos testemunhar este momento tão significativo e único da história de Palmeira.

Em uma imaginária viagem no tempo, volto agora para 7 de abril de 1819. Exatamente aqui neste local, um descampado limitado à esquerda e à direita pelos rios Forquilha e Monjolo – “os dois rios da minha infância” nos versos do nosso poeta maior, Heitor Stockler, os dois rios de muitas infâncias e de muitos episódios desses 200 anos de história. Há um burburinho com a chegada do padre Antônio Duarte dos Passos ao povoado, prestes a receber do tenente Manoel José de Araújo o termo de doação das terras para a construção de uma nova igreja.

Abençoada por Deus, a freguesia, ansiosa de ser vila e ser cidade, assiste à construção da igreja. E no entorno vão surgindo casas, comércios, vão se traçando ruas e tudo segue rumo a um futuro aguardado com indisfarçável expectativa. A mesma expectativa que experimentei quando fiz aquele discurso de posse em 2017 e que agora vejo concretizada neste ato de abertura da programação oficial comemorativa do bicentenário da nossa Palmeira. Como cidadão, no momento investido no cargo de Prefeito, somente tenho a agradecer a Providência Divina por me permitir estar vivendo tudo isso.

Se, no passado, audazes bandeirantes da grandeza trabalharam para que Palmeira não perdesse nunca o ritmo de desenvolvimento e progresso, hoje somos nós, população e seus representantes políticos, quem temos por

missão dar seguimento ao crescimento social e econômico do município, para benefício do povo, nossa maior riqueza.

Ainda, se, no passado e hoje audazes pesquisadores e historiadores debruçam-se sobre escritos e documentos, entrevistam testemunhas da história, redigem teses e as tornam públicas, permitem a todos nós conhecer e compreender a formação de Palmeira. Por isso, quero aqui registrar o meu profundo agradecimento a Moysés Marcondes, autor do livro Pai e Patrono – que a presidente do Instituto Histórico e Geográfico de Palmeira, Vera Lúcia de Oliveira Mayer, classifica como o velho testamento da história de Palmeira; também a Astrogildo de Freitas, Oscar Teixeira de Oliveira, Tereza Wansovicz Mayer, Arnoldo Monteiro Bach, à própria Vera Mayer e tantos outros que dedicaram-se e dedicam-se à nobre missão de perpetuar em páginas de livros e em artigos a memória dos fatos e das pessoas que deram vida a esses 200 anos que ora celebramos.

Enfim, voltando a relembrar o que falei quando da posse do segundo mandato que agora avança em sua metade final, afirmei que quando estiver transmitindo o cargo para o prefeito de Palmeira eleito em 2020, quero ter a aprazível sensação do dever cumprido e, mais que isso, estar na companhia de meus amigos leais e dedicados, confortar minha alma acreditando que fiz apenas a minha obrigação.

Uma comemoração da magnitude dessa que hoje realizamos, obrigatoriamente nos leva a reviver o passado. Com isto, também vamos fazer das glórias conquistadas no passado o nosso claro espelho para viver o presente e para projetar e construir o porvir, o futuro que desejamos para Palmeira.

Recorrendo ainda à letra do nosso Hino, destaco a religiosidade do nosso povo. Palmeira surgiu, há 200 anos, por causa da religião, de uma igreja a ser construída. Todas as etapas do desenvolvimento foram, com certeza, amparadas na fé do nosso povo. Então, só tenho a presumir que foram os exemplos do Evangelho que se constituíram na argamassa que faz a nossa união. Não vamos nos esquecer, nunca, desses exemplos. Palmeira, nosso altar, florido, em festa, em nosso coração.

Minha reverência aos palmeirenses que ajudaram e se mantêm unidos na construção dessa história de 200 anos!

Palmas para Palmeira, que ela merece!”

Bosco contou que, mesmo sem ser natural de Palmeira, foi encantada pela cidade e pelo seu povo e se apaixonou pelo município, no qual já reside há 12 anos. “Hoje me considero uma cidadã palmeirense e desejo que nossa Palmeira continue crescendo e se desenvolvendo. Que a cada dia possamos nos orgulhar cada vez mais de sermos cidadãos palmeirenses”, destacou.

Já Kuhn destacou parte da história palmeirense, em especial a religiosidade da população, e aproveitou a oportunidade para felicitar Palmeira. “Parabenizo o município pelos seus 200 anos de história. Que o nosso povo encontre em Palmeira um lugar que possa ser feliz”, relatou.

Na sequência a secretária de Educação, Carla Marcondes de Albuquerque, comandou uma mística especial, que foi iniciada pela receptividade ao mascote do município, o Zé Coquinho. Ele chegou na cerimônia em um calhambeque, e desembarcou para comandar uma festa animada, que contou com música, homenagens e em bolo servido para os presentes para festejar o bicentenário palmeirense.