Correio dos Campos

Crianças de um ano a menores de cinco devem se vacinar contra a pólio e sarampo

8 de agosto de 2018 às 11:32

IMPRENSA/Palmeira – Começou na segunda-feira (6) e se estende até o próximo dia 31 a Campanha Nacional de Vacinação Contra a poliomielite e sarampo. Todas as crianças de um ano a menores de cinco devem se vacinar contra a pólio e sarampo, independente da situação vacinal.

Para melhor atender a população e atingir a meta de vacinação, a Secretaria de Saúde irá tomar algumas medidas especiais. Na semana de 13 a 17 de agosto as Estratégias de Saúde da Família das áreas urbana e rural estarão abertas no horário de almoço, sendo que a ESF Central atenderá até às 20 horas.

O Dia D de mobilização será no sábado (18), quando a ESF Central ficará aberta das 8h30 às 16h30, e as ESF de Queimadas e Faxinal, das 9 às 16 horas, para realizar a vacinação. A meta do Ministério da Saúde para Palmeira é vacinar ao menos 95% das 1.818 crianças da faixa etária abrangida e diminuir a possibilidade de retorno da pólio e reemergência do sarampo, doenças já eliminadas no Brasil.

Neste ano, a campanha de vacinação será feita de forma indiscriminada para manter coberturas homogêneas de vacinação. Para a poliomielite, as crianças que não tomaram nenhuma dose durante a vida, receberão a VIP. Já os menores de cinco anos que já tiverem tomado uma ou mais doses da vacina, receberão a VOP, a gotinha. Em relação ao sarampo, todas as crianças receberão uma dose da vacina Tríplice viral, independente da situação vacinal, desde que não tenham sido vacinadas nos últimos trinta dias.

Para a Secretária Municipal de Saúde, Fabiani Bach, é de extrema importância que os pais ou responsáveis levem as crianças para receber vacinação. “É a cobertura vacinal que mantem essas doenças erradicadas. Temos que vacinar nossas crianças para manter os vírus da pólio e sarampo longe de nossa cidade e de nosso país”, destacou.

Vale ressaltar que a vacina, além de impedir que os vírus da pólio e sarampo entrem no país e não encontrem uma fonte de infecção, também são uma oportunidade de corrigir falhas vacinais.

Queda na vacina

Desde que observou redução nas coberturas vacinais do país, o Ministério da Saúde tem alertado sobre o risco da volta de doenças que já não circulavam no Brasil, como é o caso do sarampo. Entre as principais causas, pode-se apontar o próprio sucesso do Programa Nacional de Imunizações, que conseguiu altas coberturas vacinais durante os seus 44 anos de existência.

Outros fatores são: desconhecimento individual de doenças já eliminadas; horários de funcionamento das unidades de saúde incompatíveis com as novas rotinas da população; circulação de notícias falsas na internet e WhatsApp causando dúvidas sobre a segurança e eficácia das vacinas; bem como a inadequada alimentação dos sistemas de informação.

Sarampo

O Brasil recebeu, em 2016, da Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS), o certificado de eliminação da circulação do vírus do sarampo, e atualmente empreende esforços para manter o certificado, principalmente por meio do fortalecimento da vigilância epidemiológica, da rede laboratorial e de estratégias de imunização.

No mundo, há registros de casos de sarampo em alguns países da Europa e das Américas. Em 2017, foram 173.330 casos registrados. Em 2018 (até maio), 81.635 casos confirmados, a maioria em países do Sudeste Asiático e Europa.

Atualmente, o Brasil enfrenta dois surtos de sarampo: em Roraima e no Amazonas. O Ministério da Saúde atualizou dia 01 de agosto as informações repassadas pelas secretarias estaduais de saúde sobre a situação do sarampo no país. Atualmente, o país enfrenta dois surtos de sarampo, em Roraima e Amazonas. No entanto, os surtos estão relacionados à importação.

Além disso, alguns casos isolados e relacionados à importação foram identificados nos estados de São Paulo (1), Rio de Janeiro (14); Rio Grande do Sul (13); Rondônia (1) e Pará (2).

Poliomielite

De acordo com dados da Organização Mundial da Saúde (OMS), três países ainda são considerados endêmicos (Paquistão, Nigéria e Afeganistão). O Brasil está livre da poliomielite desde 1990. Em 1994, o país recebeu, da Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS), a Certificação de Área Livre de Circulação do Poliovírus Selvagem.