Correio dos Campos

Oficinas discutem modernização do Plano Diretor de Palmeira

24 de janeiro de 2018 às 15:25

IMPRENSA/Palmeira – Como parte das atividades de atualização do Plano Diretor de Palmeira, duas oficinas serão realizadas para ouvir o que a população espera do desenvolvimento do município. Os encontros estão marcados para dia 29 de janeiro, segunda-feira, na Escola Integrada Imaculada Conceição Jesuíno Marcondes, que fica na Rua Jesuíno Marcondes, esquina com a XV de Novembro. Das 13h às 17h o encontro será direcionado para os assuntos da área rural do município. Das 19h às 22h, a oficina é direcionada para as questões da área urbana.

Todos os moradores estão convidados a participar das oficinas, que são gratuitas. Quanto mais gente comparecer, mais democráticas, transparentes e completas serão as discussões. Duas arquitetas urbanistas, que fazem parte da equipe técnica multidisciplinar que está revisando o Plano Diretor, vão conduzir as oficinas para entender o que a população vê como desafios, problemas, potencialidades e o que precisa ser melhorado no município de Palmeira. Elas vão levar para os participantes um questionário para atualizar os dados do Plano Diretor. “A oficina é um espaço para tratar da realidade”, garante Débora Rocha, arquiteta e urbanista, uma das coordenadoras das oficinas.

Transparência – As oficinas fazem parte do processo de transparência da modernização do Plano Diretor, que prioriza a participação e atuação dos moradores na construção de um município que promova o bem estar de todos. Por isso os organizadores do evento destacam a importância da presença de todos.

“O Plano Diretor sem a leitura comunitária não tem valor algum. É extremamente importante que a administração pública fuja da prancheta e escute o que a população espera da cidade, entenda como os moradores veem o desenvolvimento de Palmeira”, reforça o arquiteto e urbanista da Secretaria Municipal de Urbanismo, Murilo Malucelli Klas.

Débora Rocha complementa: “Se a gente escuta as pessoas e inclui no Plano Diretor o que elas estão pedindo, é muito importante que elas participem de todo o processo para entender o que está acontecendo. Depois que o projeto estiver pronto, os moradores que estão por dentro das questões vão poder usar as diretrizes, a previsão orçamentária, os instrumentos legais e tudo o que foi desenhado democraticamente no Plano para que as melhorias se tornem realidade. É a participação popular que faz o sonho ser efetivamente vivido”.

Desenvolvimento na cidade e no campo – Quem participar das oficinas vai ajudar a fazer um diagnóstico da realidade e das necessidades da população. Vai poder expor ideias, pedir explicações e discutir o planejamento e desenvolvimento de Palmeira. Por isso os moradores da zona rural também terão um espaço só para eles, para tratar de temas relacionados às atividades do campo. O objetivo é falar da produção, infraestrutura para escoamento, conservação de estradas, acesso à saúde, bem estar e educação.

“Essa dinâmica de oficinas serve para envolver o cidadão, para que ele pense o município também. O importante é fazer com que ele perceba o entorno onde vive. Que a pessoa não seja só mais um morador, mas cidadão atuante”, salienta Murilo.

Longo Prazo – O Plano Diretor é um instrumento obrigatório para todos os municípios para organizar e estabelecer regras para o crescimento, funcionamento e planejamento territorial. É um Plano projetado pelos poderes públicos e sociedade civil a longo prazo, que direciona os investimentos e as ações das Administrações Públicas de acordo com os interesses da comunidade, cuidando sempre do meio ambiente, da urbanização e do bem estar social.

O município de Palmeira já tem um Plano Diretor elaborado. No entanto, para aproveitar e atrair novos investimentos e empreendimentos, está sendo feita uma revisão desse Plano, para trazer melhorias e projetos de modernização.

“Se a população está empoderada, ela cobra dos governantes que assumem a administração a cada quatro anos. Com os moradores atuantes, a probabilidade que os sonhos saiam do papel é bem maior do que só deixar o trabalho nas mãos da administração pública”, ressalta Débora Rocha.

O arquiteto da Secretaria de Urbanismo explica que a leitura comunitária da realidade será complementada pela leitura da equipe técnica que está fazendo o projeto de modernização. Com o diagnóstico, novas informações e novos parâmetros, entra a leitura jurídica, que vai analisar as regulamentações do município que já estão desatualizadas e as que precisam ser criadas para colocar em prática o desenvolvimento de Palmeira. “As três leituras têm que conversar entre elas. Esperamos que o técnico, o jurídico e a participação popular possam mostrar para os agentes públicos a necessidade de integração de políticas urbanas. Se não tem boa vontade política, nada sai do papel. E a nossa meta é que a visão técnica direcione o desenvolvimento do nosso município.”, frisou Murilo.