COM ASSESSORIAS - Castro receberá uma das oito usinas de energia solar que a Secretaria de Estado do Planejamento (SEPL) vai instalar no Paraná. A planta ocupará aproximadamente 35 mil m² dentro da área do Colégio Estadual Agrícola Olegário de Macedo, o que equivale a cerca de cinco campos de futebol, e contará com infraestrutura moderna, sistemas de monitoramento remoto e dispositivos de eficiência energética, como inversores de alta performance e painéis de última geração. A usina terá potência instalada de 2,5 megawatts (MW), totalizando 20 MW de capacidade.

Além de Castro, as usinas serão instaladas em terrenos do Estado nos municípios de Ibiporã, Palmeira, Arapoti, Joaquim Távora, Apucarana, Toledo e Foz do Iguaçu. Somadas, as unidades serão capazes de gerar aproximadamente 32 GWh por ano, energia suficiente para abastecer mais de 15 mil residências de médio porte, contribuindo de forma significativa para a redução da demanda por energia proveniente de fontes fósseis.

O modelo de geração adotado é o de Geração Distribuída com Compensação Remota de Créditos de Energia Elétrica, conforme as normas da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), o que assegura autonomia energética e previsibilidade de custos para o Estado. O investimento total é da ordem de R$ 100 milhões, provenientes do Plano de Ações da Copel, reforçando a parceria público-empresa em prol do desenvolvimento sustentável.

O prazo de implantação das usinas é de 12 meses, e todas estarão plenamente operacionais e gerando créditos ao final desse período. O contrato também prevê a operação e manutenção por quatro anos subsequentes, além da contratação de serviços de fiscalização e gestão da energia gerada, garantindo confiabilidade, segurança operacional e maximização do desempenho dos sistemas.

O projeto foi desenvolvido ao longo de 2025 pela Paraná Projetos com apoio técnico da Fundação Ezute, e entregue nesta semana para o Instituto de Desenvolvimento Rural do Paraná (IDR) e para a Secretaria de Estado da Educação do Paraná (SEED), em conjunto com os documentos necessários para a licitação do projeto de geração distribuída por meio de usinas fotovoltaicas, com o objetivo de reduzir custos com tarifa elétrica do IDR e da SEED.

A produção limpa representará uma redução estimada de cerca de 10 mil toneladas de CO₂ por ano, o equivalente ao plantio de mais de 70 mil árvores ou à retirada de 2,5 mil veículos das ruas, considerando emissões médias do transporte urbano. Ao longo da vida útil das usinas, estimada em 25 anos, o Estado evitará a emissão de mais de 250 mil toneladas de dióxido de carbono, um impacto expressivo no combate às mudanças climáticas.

“O tema da sustentabilidade é uma marca do atual Governo do Estado. Podemos ter certeza que essa iniciativa vai trazer muitos benefícios, bem como estimular outros órgãos e outros municípios a trabalhar a sua produção de energia sustentável, proporcionando mais economia aos cofres do Estado”, avaliou o secretário estadual do Planejamento, Ulisses Maia.

Para Edmir Kirchof, secretário de Desenvolvimento Urbano e Meio Ambiente de Castro, a escolha da cidade para receber a usina mostra que o município segue despontando como polo regional de desenvolvimento. “Temos uma posição estratégica geograficamente e também para a economia da região. E outro ponto positivo do projeto é que a estrutura poderá ser usada para aprendizado, para o ensino técnico de estudantes, unindo educação e meio ambiente”, destaca.