Correio dos Campos

Série especial do Esporte retrata os 70 anos da Federação Paranaense de Tênis

Superintendência Geral do Esporte apresenta a cada semana uma federação esportiva, seus projetos e parcerias com o Estado. A FPT teve uma evolução gradativa que resultou em 32 mil atletas federados. É uma das maiores e mais importantes da modalidade no Brasil.
14 de abril de 2021 às 14:14
(Foto: Igor Corrêa/Arquivo PR Esporte)
A trajetória e a evolução do tênis no Paraná são temas da segunda matéria que compõe a série especial de reportagens elaborada pela equipe da Superintendência Geral do Esporte. A cada semana é apresentada uma federação esportiva, seus projetos, números e parcerias com o Governo do Estado. A primeira foi a Federação Paranaense de Voleibol.A iniciativa faz parte das ações de valorização das entidades. “As federações são as principais parceiras do Estado no desenvolvimento de todos os esportes, desde a formação até o alto rendimento”, afirma o superintendente do Esporte, Hélio Wirbiski. “É assim que queremos tratá-las, pois dentro do nosso plano estratégico, em conjunto, vamos tornar o esporte do Paraná cada vez mais forte e com maior grandeza. Sempre com parceria e planejamento estratégico”.

O tênis do Paraná cresceu e se popularizou ao longo de 70 anos, uma evolução gradativa que resultou em 32 mil atletas federados. A trajetória da modalidade foi construída com o apoio e o esforço da Federação Paranaense de Tênis (FPT). Em 17 de janeiro de 2020, a FPT completou 70 anos de história. A data foi marcada pela exposição virtual Tênis Paranaense no Centro de Memória do Esporte do Paraná. O espaço e a exposição são realizações da Superintendência do Esporte do Governo do Paraná.

Após sete décadas, a entidade continua com a missão de ser um elo entre atletas, treinadores, clubes, academias e árbitros. Assim, fomentando o esporte, fortalecendo as regras e ajudando na evolução dos atletas. “Somos a segunda maior federação de tênis do Brasil em número de federados, mas a mais ativa em número de torneios e cursos”, afirma presidente da FPT, Silvio Pinheiro de Souza. “O papel é estar cada vez mais junto dos nossos filiados para que possamos realizar eventos de qualidade no Estado, gerando economia para os jogadores e possibilidade de desenvolvimento ao longo prazo”.

Atualmente, a federação tem 32 mil atletas cadastrados, desde amadores até alto rendimento. São crianças a partir dos sete anos de idade e adultos. Também conta com mais de 200 treinadores e 66 clubes/academias filiadas.

Diferente das outras federações, a FPT possui em sua maioria atletas amadores. Segundo Souza, eles são vistos como clientes por competirem por lazer e participarem de competições estaduais promovidas pela instituição. Cerca de 3.500 atletas pagam anuidade para a entidade. O presidente também ressalta que tantos os amadores como os profissionais são tratados e divulgados da mesma forma.

Além do tênis de quadra, a modalidade beach tennis tem crescido no Paraná. O esporte chegou ao Brasil em 2008. Em 2013, ocorreu o primeiro torneio oficial pela FPT. A partir de 2015 a Confederação Brasileira de Tênis (CBT) criou a Copa das Federações de Beach Tennis e a FPT começou a enviar equipes para representar o Estado.

Os Jogos de Aventura e Natureza, criados pelo governador Carlos Massa Ratinho Junior, contam com essa modalidade. Em 2019, os jogos receberam o Caiobá Open de Beach Tennis, que faz parte do Circuito Mundial da Federação Internacional de Tênis (ITF, sigla em inglês). Entre os países presentes estiveram, além do Brasil, Estados Unidos, Itália, Venezuela e Uruguai. Atletas de renome internacional jogaram nas areias paranaenses, como Rafaella Miiller (Brasil) e Alessandro Calbucci (Itália).

COMPETIÇÕES – Durante 2020, a Federação Paranaense de Tênis paralisou os trabalhos por cinco meses por conta da pandemia. “Optamos por trabalhar em home office. Oferecemos cursos para o pessoal interno e capacitação para a equipe de arbitragem da federação, tudo de forma remota”, explica Souza.

A partir da flexibilização das medidas restritivas, a Federação conseguiu promover cerca de 35 competições, que iniciam nas modalidades infanto-juvenil. “Como realizamos competições em todo Paraná, conseguimos fazer de acordo com a situação da pandemia na região, seguindo as restrições e protocolos”, conta o presidente.

Estas competições deram suporte econômico para entidade continuar suas ações e honrar seus compromissos com funcionários e fornecedores, pois sua maior verba vem da realização de torneios. Em 2019, a título de comparação, a FPT promoveu mais de 100 competições.

Para o preparador físico Maurício Kolisnik de Matos, gerente de Esporte do Clube Curitibano, o papel da entidade é fundamental para conectar pessoas, regiões, clubes e atletas avulsos. “A FPT é peça essencial para tornar os atletas competitivos a nível nacional e até mesmo internacional”, destaca.

Um dos principais objetivos da FPT é realizar competições oficiais para que os atletas possam jogar em seus municípios, suas regiões e se fortalecer para as competições a nível nacional.

GERAÇÃO OLÍMPICA – O tênis esteve presente desde a primeira edição do Programa Geração Olímpica, realizado pelo Governo do Paraná e patrocinado pela Copel. O programa oferece bolsas para atletas e técnicos. Nestes dez anos do programa, 225 bolsas foram distribuídas para modalidade tênis.

Entre os ex-bolsistas está Teliana Pereira, que foi contemplada de 2012 a 2018. Para ela, o incentivo do Governo do Paraná, com o apoio da FPT, foi fundamental para os momentos mais importantes da sua carreira. “O tênis é um esporte que exige muito da mente e do corpo. Ser tenista e mulher torna ainda mais difícil. Esse apoio financeiro e da federação me deram suporte para etapas difíceis”, enfatiza.

Os primeiros passos da tenista foram em torneios paranaenses. Para a ex-atleta, que competiu nos Jogos Olímpicos do Rio-2016 e esteve entre os top 50 do tênis mundial, os jogos da federação fazem parte de uma etapa importante do início da carreira para todo tenista paranaense. Na FPT, Teliana pôde se identificar com ritmo de competições e aprimorar seus talentos para, então, seguir em competições nacionais e internacionais.

O presidente da FPT afirma que o suporte do programa é essencial para novas gerações de atletas. Para ele, o tênis brasileiro evoluiu muito nos últimos anos e a FPT é peça chave para revelar atletas, promover o esporte e oficializar as regras.

CURSOS – Assim como os jogos, os cursos oferecidos pela federação fazem a diferença na formação técnica de treinadores e árbitros paranaenses. Em 2019, foram 20 cursos em várias regiões. Por causa da pandemia, em 2020 foram apenas oito cursos de forma remota.

Nos últimos dez anos, o treinador da Ecoplay Academia de Tênis, André Cardoso Tavares, participou de todos os congressos e cursos oferecidos pela FPT. “Tive oportunidade de participar de congressos internacionais que não teria acesso se não fosse pela Federação Paranaense de Tênis. Por isso, ressalto que ela está entre as melhores do País”, arremata.

Fonte: AEN/PR