Correio dos Campos

O permanente é mudar. Permanecer na mudança é transformar.

*Por: Liege Gasparim - Coordenadora Pedagógica do Sistema Positivo de Ensino
22 de setembro de 2020 às 18:00
(Foto: Divulgação)

No dicionário Aurélio, mudança é o ato ou efeito de mudar que, por sua vez, quer dizer remover, deslocar, transferir para outro local, alterar, modificar, variar, transformar, converter, sofrer alteração. Mudar envolve capacidade de compreensão e adoção de práticas que concretizem o desejo de transformação. Isto é, para que a mudança aconteça, as pessoas precisam estar sensibilizadas por ela. O processo de mudança é despertado pela vontade, que se torna projeto e, finalmente, ação.

Perceber a dinâmica das mudanças é uma necessidade. Viver atualizado é uma questão de sobrevivência e uma maneira de visualizar melhor o futuro, já que os novos tempos exigem uma nova postura de pensamento. Existe um mundo que está acabando e outro que está começando – e as pessoas, naturalmente, costumam lidar com isso de maneira defensiva, com temor ou rejeição, na maioria das vezes. Para promover transformação é necessário ter muita coragem, força e autocrítica. Cada vez mais, as mudanças exigem quebra de paradigmas que implica em verdadeira revolução na cultura das organizações. Essa revolução reordena prioridades, redireciona valores, muda conceito de certo e errado, apresenta novos focos de interesse e indica maneiras diferentes de reagir quando metas não são alcançadas.

Desde que nascemos estamos inseridos no processo de mudança. Porém, acontecimentos pontuais são determinantes para nossas ações e reflexões: perda de emprego, morte de pessoas queridas, doenças, desastres… Todos os dias nos deparamos com o inesperado, o eventual, o aleatório, ante-salas da incerteza. Mas não admitimos que as coisas sejam assim. Ainda alimentamos, de algum modo, a esperança de controlar definitivamente a incerteza. A incerteza é o padrão funcional da vida, do universo. É nela e por ela que crescemos, evoluímos, movimentamo-nos. Não raro, diante de grandes acontecimentos catastróficos, fazemos grandes inflexões existenciais, repensamos nossas vidas. Percebemos que precisamos uns dos outros, que existimos para a fraternidade, sem anularmos nossa singularidade.

Devemos enfrentar as adversidades – não com conformismos, mas com consciência crítica de que elas estão aí para nos alertar sobre o necessário equilíbrio móvel que organiza o existente. Vida é movimento e movimento é incerteza. Por que criamos rotinas? Para garantir segurança? Rotina é ruim? Não. Organiza a vida. Contudo, podemos fazer a rotina de maneira diferente. Faça da inovação um estilo de vida, tente o novo todo dia, novo caminho para o trabalho, o novo lado, o novo método, o novo sabor, o novo jeito, o novo prazer, a nova vida. Este é um momento em que uma nova ordem mundial está ditando transformações na sociedade, na cultura, no modo de interagirmos e superarmos perdas. Quanto mais abertos ao novo, ao amor, respeito ao próximo, mais aptos estaremos para perceber o mundo e nos relacionar com as pessoas. Nossas ações têm objetivos e intenções e, dessa forma, modificamos o espaço a nossa volta. São possibilidades de preparação para esses grandes eventos da vida com mais equilíbrio, força, e harmonia!